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Presidente reivindica vitória de partidos pró-Ocidente na Ucrânia

Petro Poroshenko comemora inclinação do país para a Europa. Resultados oficiais preliminares devem sair nesta segunda-feira

O presidente ucraniano Petro Poroshenko durante o dia de votação, em Kiev
O presidente ucraniano Petro Poroshenko durante o dia de votação, em Kiev
Partidos pró-Ocidente conquistaram a maioria no Parlamento da Ucrânia, declarou o presidente Petro Poroshenko neste domingo, citando pesquisas de boca de urna. O resultado, se confirmado pelos números oficiais, deixa a ex-república soviética mais inclinada para a Europa e mais distanciada da Rússia.
“Mais de três quartos dos eleitores que participaram do pleito de forma poderosa e irreversível apoiaram o rumo da Ucrânia em direção à Europa”, disse o presidente, em pronunciamento. Ele acrescentou que sua equipe já preparou um “acordo de coalizão” e quer “acelerar a formação” de um governo, segundo declarações reproduzidas pelo Wall Street Journal.
O pleito teve a participação de mais de 51% dos eleitores. O percentual de participação difere muito, no entanto, se analisados o leste e o oeste do país. O maior comparecimento foi registrado em Lviv, no oeste, com cerca de 70% dos eleitores indo às urnas. O menor percentual foi verificado na região de Donetsk sob o controle do governo, com cerca de 30% de participação.
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O país segue em confronto com separatistas pró-Moscou em regiões do leste. O ex-presidente Viktor Yanukovich foi retirado do poder em fevereiro, em meio a uma crise iniciada exatamente devido à sua opção em se aproximar do Kremlin, abrindo mão de acordos com a União Europeia.
Uma maioria de partidos pró-Ocidente será comemorada também pelos Estados Unidos, que, assim como a UE, tem imposto sanções contra a Rússia como punição ao apoio aos separatistas e à anexação ilegal da península ucraniana da Crimeia, na esteira da turbulência política. EUA e Europa também fizeram uma grande aposta na capacidade da Ucrânia de recuperar a estabilidade e conseguir pagar suas dívidas.
Há 450 assentos no Parlamento, sendo que metade será preenchida por candidatos em listas de partidos, de acordo com o percentual de votos que cada partido receber na eleição nacional, e a outra metade ocupada por nomes escolhidos em eleição direta nos distritos.
Segundo os levantamentos, o presidente Poroshenko e o primeiro-ministro Arseni Yatseniuk teriam conseguido cerca de 45% das cadeiras, com 23% para o bloco do presidente e 21,3% para a Frente Popular do premiê. Esta maioria seria reforçada pela ampla representação obtida pelo partido Autoajuda, de Andrei Sadovi, prefeito de Lviv, a principal cidade do oeste da Ucrânia e a mais europeia do país, com 13,2%.
Um membro do bloco de Poroshenko, Yuri Lutsenko, declarou que uma coalizão de governo poderia ser formada entre estes três partidos e o Batkivschina (Pátria), movimento da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, que teria alcançado representação com 5,6%. Yulia, que perdeu as presidenciais em maio para Poroshenko, demonstrou hoje sua intenção de colaborar com os partidos majoritários para formar uma nova coalizão de governo. “Nosso partido ajudará com todas suas forças e com todos os meios este poder formado pelo povo”, disse.
O Bloco Opositor, criado por antigos membros do desmantelado Partido das Regiões de Viktor Yanukovich, o presidente derrubado em fevereiro e atualmente exilado na Rússia, teria ficado com apenas 7,6% dos assentos.
Resultados oficiais preliminares devem ser divulgados nesta segunda-feira. Os resultados finais podem demorar até dez dias para serem anunciados.
(Com agência EFE)

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