Ato pró-Aécio reúne 10 mil em SP; repulsa à roubalheira mobiliza manifestantes
Um ato em favor da candidatura de Aécio Neves, em São Paulo, reuniu 10 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. A concentração foi marcada para o Largo da Batata, na Zona Oeste de São Paulo — local que ficou famoso por ser ponto de encontro dos manifestantes de junho de 2013 — e seguiu pela Avenida Faria Lima. Políticos e artistas se juntaram. Discursaram em favor da mudança Miguel Reale, José Serra, FHC, Eduardo Jorge, Gilberto Natalini, Paulinho da Força, Walter Feldman, a cantora Wanessa Camargo, que cantou o Hino Nacional, e Ronaldo, o Fenômeno. O clima era de euforia. Manifestações foram marcadas em ao menos 15 cidades para esta quarta, por intermédio das redes sociais.
“O Brasil não aguenta mais inflação com corrupção e incompetência, afirmou FHC, que acrescentou: “Nós temos a obrigação de levar Aécio Neves à Presidência da República para que ele realmente reponha o Brasil no caminho correto, no caminho do crescimento econômico com distribuição de renda, com manutenção das políticas sociais, que nós implantamos. No caminho da manutenção do aumento do salário mínimo, que, no meu tempo, foi o dobro do tempo da Dilma Rousseff”.
Os gritos de guerra insistiam na repulsa ao roubo do dinheiro público: “Dilma, vai embora, o Brasil não quer você, aproveita e leva o Lula e os vagabundos do PT”; “O PT roubou” e “Fora PT”. Ah, sim: numa campanha em que a própria presidente da República resolveu fazer digressões sobre o bafômetro, não parece exatamente um exagero quando manifestantes gritaram: “Lula, cachaceiro, roubou o meu dinheiro”.
Petistas, claro!, chamarão a manifestação de, como é mesmo?, “política do ódio”. Amor é aquilo que a gente vê nos palanques dos petistas, quando comparam seus adversários a nazistas, por exemplo.
Em vários sites de grandes veículos de comunicação, a gente nota que jornalistas se divertem ao registrar a voz dos manifestantes. Quanto mais agressiva e historicamente errada e imprecisa for a fala, melhor. Não julgo intenções, mas fatos: ao se escolherem as declarações mais agressivas e menos esclarecidas, é claro que se tenta caracterizar o eleitorado tucano como ignorante e truculento. Exemplo de fineza e sofisticação, como a gente sabe, são os que defendem a candidatura Dilma — uma gente conhecida, antes de mais nada, pela tolerância, não é mesmo?
Quando menos, o jogo segue empatado, e o PT sabe disso. Isso está deixando os companheiros ensandecidos. A “luta” se dá em todas as frentes.
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