Pais de atirador pedem perdão pela dor causada pelo filho
Em comunicado à agência AP, Susan Bibeau disse estar ‘furiosa’ com o filho
“Nenhuma palavra pode expressar a tristeza que estamos sentindo neste momento. Estamos muito tristes que um homem tenha perdido sua vida. Ele perdeu tudo e deixou para trás uma família que deve estar sentindo muita dor e mágoa. Manifestamos nossas mais sinceras condolências. Estamos chorando por ele”, afirma o texto.
Susan diz ainda que não tem como explicar o que aconteceu e que está brava com o filho. Para ela, o filho “estava perdido e não se encaixava”. Os dois haviam conversado na última semana, depois de cinco anos sem se verem. O comunicado termina com um pedido por privacidade.
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“Não tenho muita informação para oferecer. Não queremos ser parte deste circo midiático. Não achamos que isso vá acrescentar nada à discussão. Por favor, respeitem nossa privacidade, apesar de muitos talvez considerem que não merecemos. Mais uma vez, sentimos muito”.
Depois de ficar fechado durante quase toda a quarta-feira, o Parlamento reabriu nesta quinta com uma homenagem ao chefe de segurança considerado herói por ter disparado contra o atirador, e com um momento de silêncio em memória do soldado que foi morto.
Presente à sessão, o primeiro-ministro Stephen Harper defendeu o fortalecimento das leis de combate ao terrorismo no país. Os planos incluem conceder mais poderes para agências de vigilância e segurança. “Seremos vigilantes, mas não vamos fugir com medo. Seremos prudentes, mas não vamos ficar em pânico”, afirmou.
Na segunda-feira, outro soldado morreu depois de ser atropelado por um radical islâmico na província de Quebec. O responsável pelo atropelamento, Martin Couture-Rouleau, foi morto depois de tentar fugir da polícia e capotar o veículo que dirigia. Ele foi descrito como um “terrorista inspirado pelo Estado Islâmico”.
Uma foto que seria de Zehaf-Bibeau foi publicada em uma conta de Twitter do grupo terrorista. Nesta quinta, a polícia canadense esclareceu que ele não teve o passaporte confiscado. Na verdade, ele tinha solicitado um passaporte, que ainda não havia sido emitido porque havia dúvidas sobre o pedido. As autoridades também disseram que ele não estava no grupo de noventa pessoas consideradas ‘viajantes de alto risco’, que estavam sendo monitoradas. Rouleau estava nesta lista.
(Com agência EFE)
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