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Premiê pede desculpas aos espanhóis por casos de corrupção

Mariano Rajoy disse que entende "indignação" dos espanhóis e que vai promover nova legislação para combater corruptos

o premiê Rajoy
o premiê Rajoy
O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, pediu desculpas ao povo espanhol nesta terça-feira pelos casos de corrupção envolvendo seu partido. “Peço desculpas em nome do PP a todos os espanhóis por ter colocado em certos cargos pessoas que não eram dignas dos mesmos”, disse Rajoy, numa declaração lida no Senado.
Na segunda-feira, uma operação policial resultou na prisão de 51 políticos, funcionários públicos e empresários em diversas províncias espanholas e desmontou uma grande rede de corrupção no país. Políticos, funcionários e empresários atuavam em conluio para superfaturar contratos públicos, informou a Procuradoria Anticorrupção espanhola. Entre os detidos estavam quatro prefeitos do Partido Popular (PP).
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O caso veio à tona no mesmo dia em que Angel Acebes, ex-ministro do Interior e secretário-geral do PP, compareceu a um tribunal para responder perguntas sobre o caso Bárcenas, que envolve a suspeita de financiamentos ilegais da sigla e o desvio de verbas.
Sobre os casos, Raroy disse ainda "entender" a indignação dos cidadãos. "Entendo e compartilho plenamente a indignação dos cidadãos. Lamento profundamente a situação que foi criada. Entendo como os espanhóis estão fartos. Esses casos são particularmente dolorosos em um momento em que os espanhóis têm que aguentar tantos sacrifícios e esforços para tirar o país da crise", afirmou. Ele garantiu que os membros do PP presos na segunda-feira serão expulsos do partido.
Este é a segunda vez que Raroy faz um pedido de desculpas por causa dos escândalos envolvendo o Partido Popular. O primeiro foi feito em agosto de 2013, logo depois que o caso Bárcenas estourou. Na ocasião, Raroy afirmou que errou ao ter confiado em Luis Bárcenas, um antigo tesoureiro do PP.
Desta vez, além do pedido de desculpas, Rajoy prometeu apresentar uma legislação que ajude a combater a corrupção e que as medidas serão aprovadas com ou sem ajuda da oposição, já que o PP tem votos suficientes no Parlamento.
"Se conseguirmos um acordo com a oposição, melhor", disse. "Vamos continuar a aumentar as medidas anticorrupção até que possamos garantir que os ocupantes de cargos públicos pensem duas vezes antes de cair na tentação", disse.

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