BCE reprova 25 bancos da Zona do Euro em testes de resistência
Entres os bancos da Alemanha e França, as duas maiores economias da região, apenas duas instituições financeiras pequenas foram reprovadas nos testes
O italiano Mario Draghi, presidente do BCE
Estas entidades têm agora duas semanas para apresentar às autoridades europeias bancárias as medidas para suprir suas necessidades, e entre seis e nove meses para implementar esses planos de ação. Doze dos 25 bancos que falharam nos testes já retificaram suas necessidades de capital, com 15 bilhões de euros (45 bilhões de reais) em 2014, segundo o BCE. Além disso, uma série de bancos submetidos a esses testes deverá reavaliar seus ativos em 48 bilhões de euros (144 bilhões de reais), dos quais, 37 bilhões de euros (111 bilhões de reais) não precisam ser captados por meio de capital adicional, indicou em um comunicado o BCE.
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O BCE também identificou cerca de 136 bilhões de euros de ativos de risco, o que eleva estes ativos detidos pelos bancos na zona do euro a 879 bilhões de euros. Estes testes reforçam a "confiança do público no setor bancário", comentou Vitor Constancio, vice-presidente do BCE. "A identificação dos problemas e riscos ajudará a reparar os balanços e fazer com que os bancos se tornem mais resistentes e robustos. Facilitará a distribuição do crédito na Europa, que irá apoiar o crescimento econômico", acrescentou.
Esta operação, chamada "Comprehensive Assessment", mobilizou mais de 6.000 pessoas. Ela procura determinar com precisão a posição financeira dos bancos antes de o BCE assumir em 4 de novembro o papel de supervisor bancário (SSM), no âmbito da união bancária em curso de formação. A análise foi realizada em duas fases. Desde novembro de 2013, o BCE realizou a sua "revisão de qualidade de ativos", um raio-X dos ativos e créditos de 130 bancos da zona do euro (mais a Lituânia). Ao mesmo tempo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA), com sede em Londres, realizou novos "testes de estresse", um exercício de simulação para testar a solidez dos bancos, submetendo-os a cenários de risco. O mais sombrio prevê um retorno à recessão, em um contexto de crise nos mercados financeiros e a queda dos preços da habitação.
Grandes bancos – Os grandes bancos da Alemanha e da França foram aprovados nos testes de estresse conduzidos pelas autoridades europeias. Apenas um dos vinte e cinco maiores bancos da Alemanha não estava suficientemente capitalizados para resistir a uma crise potencial, de acordo com a avaliação conduzida pelo BCE. No cenário mais adverso simulado pelas autoridades europeias, a proporção de capital do Deutsche Bank recuaria para cerca de 8,78%, enquanto a do Commerzbank registraria 6,9%. Ambas as taxas estão acima do limite mínimo de 5,5%, exigido pelas autoridades. Contudo, ficaram abaixo dos 9,1% que os credores da Alemanha registraram em média.
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