Fundador da Coreia do Norte queria viver 100 anos. Não deu
Kim Il Sung, avô do atual ditador Kim Jong-un, queria ficar no poder o maior tempo possível e fazia uso de tratamentos alternativos, revela sua ex-médica
Kim Il Sung (esq.) e seu filho Kim Jong-il (dir.), em foto de 1992.
Vivendo na Coreia do Sul, a médica revelou que o projeto do ditador era permanecer no poder por mais tempo possível e para isso ele recorria a tratamentos heterodoxos. Um deles consistia em assistir a apresentações com crianças e rir muito – a felicidade, segundo a prescrição médica, era uma das condições para garantir a longevidade. Outro tratamento, mais bizarro, era feito com transfusões de sangue periódicas – os doadores, cautelosamente selecionados, eram jovens saudáveis de 20 anos.
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Pelo menos parte do tratamento aparentemente funcionou, pois as fotos do ditador Kim Il Sung quase sempre o mostram sorrindo. Já as transfusões não tiveram eficácia comprovada. Kim Il Sung não chegou a completar um século de vida e faleceu em 1994, aos 82 anos.
Depois de testemunhar os recentes problemas de saúde vividos por Kim Il Sung, a médica diz que o atual ditador Kim Jong-un poderia estar sofrendo de males semelhantes. Segundo So-Yeon, o jovem ditador pode ter herdado uma série de problemas de saúde de seu avô, como distúrbios psicológicos por causa do estresse, arritmia e obesidade.
Suspeita-se que, assim como seu avô, o ditador também sofra de gota, um tipo de artrite que provoca inflamação nos tendões. Dependendo da gravidade, a doença causa dores agudas e compromete os movimentos. Depois de ficar cinco semanas sumido, dando margem para especulações sobre sua saúde, Kim Jong-un reapareceu de bengala. Segundo a imprensa sul-coreana, ele operou os dois tornozelos.
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