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Hong Kong: manifestantes consideram propostas oficiais 'vagas'

Executivo fala em mudar comitê de seleção de candidatos, mas só depois das eleições de 2017

Manifestantes pró-democracia acompanham conversa entre estudantes e oficiais da cidade por meio de uma telão
Manifestantes pró-democracia acompanham conversa entre estudantes e oficiais da cidade por meio de uma telão (Reuters)
O primeiro diálogo entre o governo de Hong Kong e manifestantes pró-democracia terminou nesta terça-feira sem grandes avanços para pôr fim aos protestos. Os manifestantes, liderados por estudantes, exigem o direito pleno de eleger o chefe do Executivo nas eleições de 2017. Querem reverter uma decisão tomada no final de agosto pelo Congresso Nacional do Povo que restringe a disputa em Hong Kong a candidatos apoiados por Pequim.
No entanto, as autoridades falaram apenas em formar um comitê de seleção mais democrático antes das eleições de 2017, sem detalhar como isso seria feito. Ao mesmo tempo, deixaram claro que a palavra final sobre a escolha do novo chefe do Executivo deve permanecer nas mãos de Pequim, que é justamente o ponto principal das reclamações dos manifestantes. Os estudantes consideraram as propostas muito vagas e afirmaram que vão permanecer nas ruas.
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Carrie Lam, a número 2 do governo de Hong Kong, aventou a possibilidade de uma reforma constitucional a partir de 2017, depois das eleições para o chefe de governo de Hong Kong. Em outra sinalização insatisfatória, disse que o Executivo local consideraria elaborar um relatório com o ponto de vista dos cidadãos sobre a reforma eleitoral, para ser apresentado a Pequim.

O status de Hong Kong

Ex-colônia britânica, Hong Kong passou a ser uma região administrativa especial da China em 1997, ano em que o enclave foi devolvido. Pelo acordo entre britânicos e chineses, Hong Kong goza de um elevado grau de autonomia, liberdade de expressão e econômica. Também preserva elementos do sistema judicial ocidental. Essas condições devem ser mantidas pelo menos até 2047.
Ela abriu as discussões deixando clara a postura que o Executivo vem defendendo até agora. "Qualquer desenvolvimento político que aconteça em Hong Kong deve obedecer ao referendado na Lei Fundamental de Hong Kong, na qual Pequim tem um papel primordial", disse. Os argumentos do governo se concentraram nessa linha ao longo das quase duas horas de conversa da qual participaram cinco representantes do Executivo local e cinco lideranças estudantis.
Lester Shum, representante da Federação dos Estudantes, mostrou sua decepção com o discurso oficial, ao opinar que o Executivo só pediu que a decisão do final de agosto fosse aceita. "Não ouvimos nada sobre a maneira com a qual o governo vai resolver o atual problema político", ressaltou.
"Não fizemos concessões suficientes? Muitos jovens sacrificaram seus estudos e seu tempo. Inclusive estamos dispostos a ser presos. O que queremos? O direito ao voto, o direito a ser votado e o direito de que todos os votos sejam considerados iguais", acrescentou outra representante do movimento, Yvonne Leung.
O debate foi acompanhado por milhares de pessoas nas ruas através de telões instalados nas três áreas da cidade que foram locais de protestos. A polícia mobilizou 2.000 agentes nas ruas de Hong Kong durante a reunião.

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