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Governo de Maduro tem quase 70% de reprovação

Pesquisa também aponta que mais de 80% consideram a situação no país regular ou ruim. Sob o chavismo, hiperinflação e criminalidade cresceram

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro; maioria dos venezuelanos não suporta mais o seu governo
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro; maioria dos venezuelanos não suporta mais o seu governo (Reuters)
Escassez de produtos, hiperinflação, criminalidade alta, cerceamento da liberdade, perseguição a opositores. Não faltam motivos para insatisfação entre a população venezuelana, expressa em uma pesquisa que apontou o nível mais baixo de aprovação do governo de Nicolás Maduro.
O levantamento realizado pelo instituto Datanalisis mostrou que a reprovação ao governo já alcança 67,5%. Apenas 30,2% aprovam a gestão de Maduro, percentual abaixo dos 55,2% de avaliação positiva que o presidente teve quando assumiu o cargo, em abril do ano passado. Sobre a situação do país, a pesquisa aponta que 81,6% dos entrevistados consideram o quadro atual de regular a muito ruim, e 18,2%, de regular a muito bom.
O estudo aponta ainda que o oficialismo perde adeptos, com apenas 28,9% se autodeclarando chavistas – um dos níveis mais baixos na década. A oposição alcançou, por sua vez, o maior número de simpatizantes em dez anos, com 38%, enquanto 28,9% se declararam apartidários. O chavismo está no poder na Venezuela desde 1999.
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Oposicionistas – Os entrevistados também foram questionados sobre algumas lideranças da oposição no país. Leopoldo López, preso em fevereiro em meio aos protestos contra o governo, tem 45,6% de aprovação, enquanto 40% o reprovam. Nos últimos dias, as Nações Unidas fizeram repetidos pedidos pela libertação do opositor, afirmando que sua prisão tem motivos políticos.
Henrique Capriles, que disputou a Presidência com Maduro e perdeu por uma pequena margem, também foi citado na pesquisa. O governador de Miranda teve uma avaliação negativa de 46,4% contra 42,1% que são favoráveis ao político.
A enquete foi realizada entre 25 de setembro e 7 de outubro com 1.300 pessoas. A margem de erro é de 2,7 pontos.
(Com agência France-Presse)

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