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O passado são eles', diz Aécio sobre 12 anos de PT

Tucano afirma que Dilma, ao sempre fazer comparação com o passado, esquece que mandados petistas 'jogaram fora' algumas conquistas do país

 
O candidato do PDSB à Presidência da República, Aécio Neves, participa de ato político em Belém (PA), na noite desta segunda-feira. O tucano esteve acompanhado do ex-jogador Ronaldo, o Fenômeno, da cantora Fafá de Belém, e líderes do PSDB
O candidato do PDSB à Presidência da República, Aécio Neves, participa de ato político em Belém (PA), na noite desta segunda-feira. O tucano esteve acompanhado do ex-jogador Ronaldo, o Fenômeno, da cantora Fafá de Belém, e líderes do PSDB (Tarso Sarraf/Estadão Conteúdo)
A menos de uma semana para o segundo turno, o candidato do PSDB à Presidência da República Aécio Neves utilizou nesta segunda-feira o prestígio do ex-jogador de futebol Ronaldo e da cantora Fafá de Belém para pedir votos na capital do Pará e tentar ampliar a parcela do eleitorado que pretende pôr um fim no governo do PT. “Temos nas nossas mãos uma oportunidade que não temos o direito de perder, eu é tirar o PT do governo e darmos ao Brasil a sua libertação”, disse o tucano em um comício na cidade de Belém.
Ao mesmo tempo em que tenta obter mais votos, a utilização de celebridades na campanha presidencial funciona como um antídoto para conter o aumento do índice de rejeição do tucano. Pela primeira vez nesta campanha, informou o instituto Datafolha, Aécio aparece com maior rejeição que a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) – 40% contra 39% da petista. Os dois estão tecnicamente empatados na intenção de votos, com vantagem numérica para a presidente – 52% a 48%.
Ao participar de ato político em Belém, Aécio apelou para um forte tom emocional, ainda que o ritmo frenético da agenda de campanha tenha comprometido sua voz – ele desembarcou no Pará no início da noite abatido e com rouquidão. “O que está em jogo nesses próximos dias não é a vitória do partido A ou a derrota desse ou daquele candidato”, disse ele, atacando a estratégia da adversária de apresentar o PSDB como um partido alheio aos anseios da população. “Não vamos aceitar essa perversa tentativa que fazem de querer nos dividir como se fôssemos povos diferentes. Agora não está mais nas minhas mãos fazer o caminho que precisamos fazer. Está nas mãos de cada uma e de cada um de vocês que vieram de barco, de bicicleta e em longo de cavalo. Está nas mãos dos médicos, dos advogados, dos trabalhadores braçais, está nas mãos dos homens e mulheres de bem mudar o Brasil”, declarou.
Embora nesta reta final da campanha presidencial, o nível de ataques na propaganda eleitoral tenha sido contido por intervenção do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Aécio criticou o processo de desconstrução que vem sofrendo por parte dos petistas e disse que, pelos 12 anos em que permanecem no poder, o “passado” é representado pelo PT, e não pelos tucanos. “No segundo turno o programa da candidata Dilma produziu 22 inserções de 30 segundo, 19 me atacando. Quero discutir propostas e estou andando pelo Brasil para discutir o futuro.  A nossa adversária prefere sempre uma comparação com o passado, esquecendo-se de que o passado são eles, que durante 12 anos infelizmente jogaram fora algumas de nossas principais conquistas”, disse.
“Talvez por isso prefira fazer a campanha da desconstrução, dos ataques vis a seus adversários, como fizeram com o Eduardo Campos e tentaram fazer com a Marina. Comigo não. Vou enfrentar e responder a todas as infâmias e todas as calúnias lançadas sobre nós”, analisou o candidato.
Ao chegar ao Pará, Aécio se reuniu com representantes de organizações não-governamentais de cunho ambientalista e recebeu uma pauta de reivindicação que envolve diminuição de taxas de desmatamento e o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. Em um aceno para o eleitor paraense, ele disse que, se eleito, entre outras obras vai promover o asfaltamento da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém) e o derrocamento do Pedral do Lourenço, que permitirá a navegação na hidrovia Araguia - Tocantis

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