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Rússia reconhecerá eleições dos separatistas na Ucrânia

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, afirmou que o processo eleitoral será importante para 'para legitimar as autoridades'

O chanceler russo, Sergei Lavrov
O chanceler russo, Sergei Lavrov
A Rússia anunciou que reconhecerá os resultados das eleições legislativas e presidenciais que acontecerão no dia 2 de novembro nas regiões do leste ucraniano controladas pelos separatistas pró-Moscou, confirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov. "Esperamos que as eleições sejam celebradas como estão previstas e reconheceremos, certamente, os resultados", declarou Lavrov ao jornal russo Izvestia. Até o momento, o governo de Kiev não comentou a declaração russa.
"Esperamos que a expressão do povo seja livre e que ninguém do exterior tente perturbar", completou. Para Lavrov, as eleições em duas "repúblicas" proclamadas pelos separatistas "serão muito importantes para legitimar as autoridades", rela a rede britânica BBC. As regiões sob controle dos insurgentes não participaram nas eleições legislativas de domingo passado no restante da Ucrânia.
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Resultados – O Frente Popular, partido do primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, mantém a liderança na apuração das eleições parlamentares após a contabilização de 84,08% dos votos, informou nesta terça-feira a Comissão Eleitoral Central (CEC) da Ucrânia. Segundo os dados divulgados pela CEC, o Frente Popular tem 22,02% dos votos, seguido muito de perto pelo grupo político do presidente Petro Poroshenko, com 21,66%.
Em terceiro lugar está o partido pró-europeu de Andrei Sadovi, prefeito de Lviv, a principal cidade do oeste da Ucrânia, com 10,95%. O Bloco Opositor, criado por antigos membros do Partido das Regiões do ex-presidente Viktor Yanukovich, está na quarta posição com 9,47% dos votos. O quinto lugar está com o Partido Radical, do populista Oleg Liashko, favorável a ações mais duras contra os rebeldes pró-Rússia da região do Donbass, onde ficam as províncias de Donetsk e Lugansk, com 7,46%.
O Batkivshina, partido da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, vem logo em seguida com 5,74%. Os outros 23 partidos em disputa não conseguiram superar o limite de 5% para ter acesso a uma cadeira da metade do total de 450 que compõem a Rada Suprema, o Parlamento unicameral ucraniano. As outras 225 cadeiras são decididas nas circunscrições eleitorais majoritárias.
A participação final no pleito ficou em 52,42%, segundo a CEC, o que representa a mais baixa da história da Ucrânia. No total, houve votação em 198 circunscrições do país, já que nas 12 da Crimeia, a península anexada pela Rússia em março, não houve eleições. Também não puderam votar os eleitores de algumas circunscrições das regiões de Donetsk e Lugansk, nas localidades controladas pelos insurgentes pró-Rússia. Segundo os dados da CEC, o partido nacionalista Svoboda, o Partido Comunista e o ultranacionalista Pravy Sektor (Setor da Direita) ficariam de fora do Legislativo por não conseguirem uma votação superior a 5%.

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