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Paralisação de Belo Monte dá prejuízo de R$12 mi por dia

Obra foi suspensa no dia 23 por descumprir obrigação de realização de audiências públicas com as comunidades afetadas

Construção da barragem de Belo Monte, próximo de Altamira, Pará
Construção da barragem de Belo Monte, próximo de Altamira, Pará                                     
A paralisação das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, determinada em 14 de agosto pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), causa prejuízo de 12 milhões de reais por dia – 360 milhões de reais por mês – ao empreendimento. A estimativa é da Norte Energia, empresa responsável pelo serviço e pela futura operação da usina. A obra foi suspensa no dia 23 após a empresa ser oficialmente notificada sobre a decisão judicial.
Segundo reportagem da Agência Brasil, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), a quem a Norte Energia terceirizou a maior parte das obras civis relacionadas ao empreendimento, continua pagando os salários dos trabalhadores, mesmo que eles não exerçam nenhum tipo de atividade ligada às frentes de engenharia civil. Os ônibus que levam trabalhadores dos alojamentos situados em Altamira (PA) também estão parados, informa a Agência.
Todas as áreas de entretenimento foram liberadas para funcionar o dia inteiro e as atividades de lazer foram ampliadas para dar conta da maior frequência de pessoas, segundo o consórcio. As áreas que continuam a exercer suas atividades são as ligadas a saneamento, alimentação e limpeza dos alojamentos, além das brigadas de incêndio e postos de saúde.
Ao determinar a suspensão das obras de Belo Monte, o TRF1 considerou que houve descumprimento à determinação da Constituição que obriga a realização de audiências públicas com as comunidades afetadas antes da autorização das obras.

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