Paraguai: OEA conclui avaliação sem chegar a consenso
Para o atual governo, liderado por Federico Franco, a ausência de um acordo mostra que não serão estabelecidas sanções ao país por parte do organismo
O novo presidente do Paraguai, Federico Franco
Para o atual governo paraguaio, que é liderado por Federico Franco, a ausência de um acordo mostra que não serão estabelecidas sanções ao país por parte do organismo, como foi feito anteriormente pelo Mercosul e pela União das Nações Sul-americanas (Unasul).
Franco disse, durante uma visita ao interior do país, estar feliz e comemorou a ausência de punições. O ministro das Relações Exteriores paraguaio, José Félix Fernández Estigarribia, por sua vez, afirmou que “enquanto o Paraguai se comportar tão bem como agora, a OEA não voltará a discutir especificamente o caso”.
Estigarribia ainda explicou que representantes de 26 países se manifestaram a favor da atual gestão do país e oito foram contrários. "São 26 [votos] contra oito, o que chamamos, no futebol, de goleada. A decisão da OEA é um apoio total ao povo paraguaio”, acrescentou.
O ministro disse que viaja amanhã para Washington, nos Estados Unidos, onde irá participar de uma reunião de chanceleres da OEA. Ele aproveitará a oportunidade para reiterar que o impeachment de Lugo ocorreu de acordo com a legislação paraguaia e sem o rompimento da ordem democrática no país.
Histórico - A situação política do Paraguai começou a chamar a atenção da comunidade internacional após Lugo ter sido deposto de seu cargo pelo Congresso, no final de junho deste ano. Ele foi acusado de mau desempenho de funções após um confronto de reintegração de posse que deixou pelo menos 17 pessoas mortas, entre policiais e camponeses.
Eleições - Em meio à polêmica sobre a destituição de Lugo do poder, a OEA decidiu enviar 500 observadores ao Paraguai para acompanhar o processo eleitoral do país, que realizará eleições em abril de 2013. Os membros da comitiva iniciarão suas atividades no dia 9 de dezembro deste ano. A expectativa dos paraguaios é que, com as eleições, as punições feitas por blocos regionais acabem.
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