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China reafirma confiança na UE – e compra 50 Airbus

Durante encontro bilateral com a alemã Angela Merkel, premiê Wen Jiabao afirmou que país seguirá investindo em bônus soberanos da União Europeia

Angela Merkel e Wen Jiabao durante encontro bilateral em Pequim
Angela Merkel e Wen Jiabao durante encontro bilateral em Pequim                                     
O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, afirmou nesta quinta-feira que seu país seguirá investindo em bônus soberanos da União Europeia, mas que sempre avaliará primeiro os riscos dessa opção. Em declarações feitas após reunir-se com a chanceler alemã Angela Merkel, que visita a China, Wen afirmou que o gigante asiático irá melhorar as consultas e a comunicação com a UE, o Banco Central Europeu, as instituições financeiras multilaterais e os principais países para ajudar as nações europeias a enfrentar sua crise monetária.
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Neste sentido, o primeiro-ministro chinês disse esperar que a UE alcance um equilíbrio entre a austeridade fiscal e o estímulo econômico, uma fórmula que será a via principal para resolver a crise. A cooperação da China com a Alemanha e a UE em geral, declarou o primeiro-ministro, deve concentrar-se em estimular a confiança. "Devemos deixar que as pessoas vejam esperança, rejeitar o protecionismo e promover a colaboração para explorar os mercados", declarou.
Airbus – Durante o encontro, a China acertou a compra de 50 Airbus A320, no valor total de 3,5 bilhões de dólares. Os chefes do governo dos dois países também presidiram a assinatura de outros dez acordos bilaterais nos setores de aviação, automóveis, comunicação, energia, meio ambiente, saúde e cooperação marítima.
Informações prévias estimavam que a China faria uma encomenda duas vezes maior, ou seja, de 100 Airbus, por 8,5 bilhões de dólares. Ainda assim, se trata do primeiro pedido significativo do país asiático à Europa depois do conflito vivido entre as duas partes devido à gestão de emissões de carbono.
No ano passado, após o anúncio do plano da União Europeia de taxar empresas aéreas de todo o mundo por suas emissões sobre céu europeu, a China – um dos países mais opostos a este sistema – paralisou a aquisição de aviões da Airbus. Durante a atual viagem de Merkel à China, a sexta durante seu mandato e a segunda apenas neste ano, a chanceler alemã visitará junto a Wen o centro de montagem da Airbus em Tianjin, ao leste de Pequim.

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