Pular para o conteúdo principal

Ban Ki-moon questiona líderes iranianos sobre direitos humanos


Secretário-geral da ONU participa de reunião de cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados

 
TEERÃ - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, desembarcou em Teerã nesta quarta-feira, 29, para a reunião de cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados e manifestou aos líderes iranianos sua "séria preocupação" com a situação dos direitos humanos no Irã. Ele também pediu a Teerã que coopere com a ONU para ampliar as liberdades individuais no país.
Ban Ki-moon ao lado de Mahmoud Ahmadinejad - AP
 
Ban Ki-moon ao lado de Mahmoud Ahmadinejad
Ban havia sinalizado de antemão que não se esquivaria de fazer as críticas que julgasse pertinentes durante sua visita a Teerã, mas o duro tom de seus comentários aparentemente pegou desprevenidas as autoridades iranianas com que se reuniu. "Nós conversamos sobre como as Nações Unidas podem trabalhar em conjunto com o Irã para melhorar a situação do respeito aos direitos humanos no país. Nós temos sérias preocupações com abusos e violações dos direitos humanos neste país", declarou Ban durante entrevista coletiva concedida ao lado do presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani.
Durante sua passagem por Teerã, Ban abordaria ainda outras questões delicadas, como a extensão, por cortesia, do acesso de inspetores nucleares da ONU a bases militares iranianas. Como signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), o governo iraniano tem a obrigação de abrir aos inspetores da ONU somente suas instalações atômicas.
Os Estados Unidos e outras potências ocidentais suspeitam que o Irã tenha planos secretos de desenvolver armas atômicas. Teerã nega essa possibilidade e assegura que suas usinas nucleares têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica e isótopos medicinais.
Ban Ki-moon reuniu-se com o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, e com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, segundo a TV estatal do país. Khamenei pediu a Ban que busque as medidas cabíveis com relação às armas nucleares de Israel, qualificando-as como "um grande perigo para a região", segundo a página do líder supremo iraniano na internet.
Israel, que ameaça promover um ataque preventivo para impedir que o Irã eventualmente desenvolva a bomba atômica, não confirma nem desmente a posse de armas nucleares, mas especialistas no setor calculam que o país possua um grande arsenal. Mas, por não ser signatário do TNP, Israel está fora do alcance dos inspetores da ONU.
Mais cedo, ao desembarcar em Teerã, Ban adiantou que pretendia discutir a guerra civil na Síria com os líderes iranianos antes da reunião de cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados, que começa amanhã em Teerã. O grupo reúne 120 nações.
"O Irã tem um papel muito importante a desempenhar na busca por uma solução para a questão síria, refletindo o desejo de paz da população síria", disse Ban. O governo iraniano pretende formar uma grupo de três países não-alinhados mais dois vizinhos da Síria para buscar uma solução para a crise, informou a mídia estatal local citando o deputado Alaeddin Bouroujerdi.
A ideia seria reunir nesse grupo o Egito, o Irã, a Venezuela, o Iraque e o Líbano. Khamenei disse a Ban que a solução seria a interrupção do envio de armas aos rebeldes sírios.
 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p