Dilma defende punição exemplar para grevistas
Irritada com o que considera ilegalidades, presidente insiste no corte de ponto e quer que Justiça identifique quem praticou abusos
A presidente Dilma Rousseff exigiu punição exemplar dos grevistas que tenham
ultrapassado os limites da legalidade. Irritada com o que considera abusos,
especialmente na Polícia Federal e mais ainda na Polícia Rodoviária Federal,
Dilma cobrou do ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, a identificação dos
policiais que cometeram abuso de poder ou outras irregularidades.
Entre os casos que ela achou abusivos estão uma placa colocada em um posto da
PRF na Via Dutra com os dizeres "passagem livre para traficantes de armas e
drogas" e o protesto na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu.
A reação da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) foi recorrer ao STF com um "pedido de liminar com urgência, para tentar conter esse abuso de poder", explicou o diretor Sérgio Ronaldo da Silva. A seu favor ele cita nota técnica do Planejamento dizendo que o desconto devia ser de apenas sete dias "para não prejudicar a questão da alimentação e do pagamento das contas".
Os sindicatos dos policiais federais também irão à Justiça contra o corte de ponto - o do Rio Grande do Sul conseguiu ontem uma liminar. "Temos uma defasagem salarial, mas o governo só oferece reposição. Queremos a remodelação da carreira", explicou Paulo Poloni, vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).
Na quarta-feira, os oficiais e os assistentes de chancelaria do Itamaraty aderiram à greve. Eles haviam parado por uma semana para conseguir abrir a negociação com o governo e voltaram ao trabalho. Sem receber nenhuma proposta, decidiram ontem retomar a paralisação.
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Servidores deferais protestam na Avenida
Paulista, em São Paulo
O Ministério do Planejamento continuou na
quarta-feira, 22, as negociações com vários setores, mas não deu sinais de que
irá um centavo além dos 15,8%
oferecidos na semana passada, divididos em três parcelas. A aceitação do
reajuste, explica um assessor próximo da presidente, não significa que o governo
deixará de negociar outros itens, como ajustes nos planos de carreira.
Dilma, no entanto, não quer continuar a conversa com os servidores em greve.
A pressão veio por meio da decisão de cortar o ponto e descontar os dias parados
de 11,5 mil servidores em greve. Em alguns casos, funcionários tiveram o
pagamento zerado este mês, o que causou revolta nos sindicatos. A reação da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) foi recorrer ao STF com um "pedido de liminar com urgência, para tentar conter esse abuso de poder", explicou o diretor Sérgio Ronaldo da Silva. A seu favor ele cita nota técnica do Planejamento dizendo que o desconto devia ser de apenas sete dias "para não prejudicar a questão da alimentação e do pagamento das contas".
Os sindicatos dos policiais federais também irão à Justiça contra o corte de ponto - o do Rio Grande do Sul conseguiu ontem uma liminar. "Temos uma defasagem salarial, mas o governo só oferece reposição. Queremos a remodelação da carreira", explicou Paulo Poloni, vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).
Na quarta-feira, os oficiais e os assistentes de chancelaria do Itamaraty aderiram à greve. Eles haviam parado por uma semana para conseguir abrir a negociação com o governo e voltaram ao trabalho. Sem receber nenhuma proposta, decidiram ontem retomar a paralisação.
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