França e Grã-Bretanha não descartam intervenção militar na Síria
Com impasse no Conselho de Segurança, países podem agir fora da autoridade do organismo mundial
NAÇÕES UNIDAS - A França e a Grã-Bretanha advertiram o presidente da Síria,
Bashar Assad, nesta quinta-feira, 30, de que uma ação militar para impor zonas
de segurança para civis dentro do país está sendo considerada, apesar da
paralisia do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre
como pôr fim ao conflito, que já dura 17 meses. Embora o impasse entre os países
ocidentais e a Rússia e a China signifique a suposta impossibilidade da
aprovação de uma resolução para aprovar uma atitude dessa, os países podem agir
fora da autoridade do organismo mundial e intervir, como ocorreu em Kosovo, em
1999.
O chanceler turco Ahmet Davutoglu, que participará da reunião, pediu na quarta-feira que a ONU proteja os sírios desalojados dentro do próprio país, mas Assad negou as conversações sobre uma zona de exclusão aérea.
A criação de uma zona de segurança para os sírios desabrigados seria difícil, porque seria necessária uma resolução do CS para montar uma zona de exclusão aérea a fim de proteger a área, e Rússia e China não aprovariam tal ação, afirmaram diplomatas. Não é a primeira vez que a Rússia impõe dificuldades para os EUA e seus aliados no Conselho. Nos anos 1990, Moscou apoiou fortemente a Sérvia nas guerras dos Bálcãs e agiu como protetor de Belgrado.
Depois de uma presença ineficaz da ONU não ter conseguido conter o genocídio na Guerra da Bósnia, de 1992-1995, os EUA e seus aliados europeus enfureceram a Rússia ao passar por cima do Conselho de Segurança e apelarem para a Otan para interromper a matança sérvia em Kosovo com uma campanha de bombardeios contra a Sérvia em 1999.
William Hague, secretário da
Grã-Bretanha
Veja também: Após
encontro, Rajoy e Hollande defendem saída de Assad do
poder
Assad responsabiliza Turquia por derramamento de sangue na Síria
"Não estamos descartando nada e temos um plano de contingência para uma ampla
série de cenários", disse o secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha,
William Hague, em uma entrevista coletiva na ONU, antes de uma reunião de
chanceleres do Conselho de Segurança discutir a crise humanitária na Síria.
"Também temos de deixar claro que algo como uma zona de segurança requer
intervenção militar e isso, claro, é algo que tem de ser pesado com muito
cuidado", disse Hague.Assad responsabiliza Turquia por derramamento de sangue na Síria
O chanceler turco Ahmet Davutoglu, que participará da reunião, pediu na quarta-feira que a ONU proteja os sírios desalojados dentro do próprio país, mas Assad negou as conversações sobre uma zona de exclusão aérea.
A criação de uma zona de segurança para os sírios desabrigados seria difícil, porque seria necessária uma resolução do CS para montar uma zona de exclusão aérea a fim de proteger a área, e Rússia e China não aprovariam tal ação, afirmaram diplomatas. Não é a primeira vez que a Rússia impõe dificuldades para os EUA e seus aliados no Conselho. Nos anos 1990, Moscou apoiou fortemente a Sérvia nas guerras dos Bálcãs e agiu como protetor de Belgrado.
Depois de uma presença ineficaz da ONU não ter conseguido conter o genocídio na Guerra da Bósnia, de 1992-1995, os EUA e seus aliados europeus enfureceram a Rússia ao passar por cima do Conselho de Segurança e apelarem para a Otan para interromper a matança sérvia em Kosovo com uma campanha de bombardeios contra a Sérvia em 1999.
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