Pular para o conteúdo principal

Assange estaria disposto a responder à Justiça sueca, diz Correa


Equador exige garantias de que criador do WikiLeaks não será extraditado a terceiro país

LONDRES - O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou nesta quarta-feira, 22, que o jornalista australiano Julian Assange, fundador e editor-chefe do site dedicado a vazamento de documentos secretos WikiLeaks, está disposto a ir à Suécia responder a acusações de violência sexual, mas o governo equatoriano exige garantias de que ele não será extraditado a um terceiro país.
Rafael Correa afirma que Assange iria para a Suécia - Dolores Ochoa/AP
 
Rafael Correa afirma que Assange iria para a Suécia
Correa esclareceu que o Equador não pretende interferir de nenhuma maneira nas decisões da justiça sueca e disse que o asilo a Assange jamais teria sido concedido por seu governo se o australiano tivesse exclusivamente a intenção de esquivar do processo na Suécia. "Assange sempre disse: quero responder, que me interroguem na Embaixada do Equador em Londres ou em Estocolmo e eu dê a minha versão dos fatos", relatou Correa em conversa com jornalistas em Quito. "Mas com a garantia de que ele não será extraditado a um terceiro país", prosseguiu o presidente equatoriano.
Assange está refugiado há pouco mais de dois meses na Embaixada do Equador em Londres. A polícia britânica cerca a representação diplomática com a intenção de prender Assange e extraditá-lo para a Suécia. O temor, no entanto, é de que a Suécia seja apenas uma ponte para que Assange seja posteriormente extraditado para os Estados Unidos.
O jornalista australiano ganhou os holofotes internacionais há dois anos, quando o WikiLeaks vazou centenas de milhares de telegramas e documentos oficiais contendo segredos diplomáticos e militares dos EUA.
Em relação à ameaça britânica de invadir a embaixada para fazer cumprir a ordem de extradição, Correa disse que o diálogo passou a ocorrer em níveis mais baixos de hierarquia e comentou que o impasse pode se arrastar por tempo indeterminado se o Reino Unido não conceder um salvo-conduto. "Depois de tamanha ameaça, tamanha grosseria, os diálogos baixaram muitíssimo de nível. Há contatos, mas de nível médio", comentou Correa.
O Equador, no entanto, continua aberto a negociações e a expectativa, segundo ele, é de que o diálogo com o Reino Unido seja retomado logo e o impasse não se estenda por tempo indeterminado. Correa afirmou ainda que o governo equatoriano está estudando as opções legais para conseguir que o Reino Unido conceda salvo-conduto a Assange.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...