Pular para o conteúdo principal

Governo autoriza 3º aeroporto em São Paulo

Governo autoriza 3º aeroporto em São Paulo

Aeródromo privado, destinado a jatos executivos, helicópteros e táxi aéreo, deve ser erguido em Parelheiros, com previsão de custo de R$ 1 bilhão

 
BRASÍLIA - O ministro-chefe da Aviação Civil, Moreira Franco, assina na quinta-feira, 25, uma permissão para construção do Aeródromo Privado Rodoanel, em Parelheiros, na zona sul do município de São Paulo. O novo aeroporto será destinado integralmente à aviação geral, para atender helicópteros, jatos executivos e táxis aéreos, além de transporte de carga.
O empreendimento, que tem previsão de custo de R$ 1 bilhão, será erguido com recursos da iniciativa privada, de acordo com a Secretaria de Aviação Civil (SAC), e deverá ficar pronto até dezembro do ano que vem. O projeto será desenvolvido pela empresa Harpia Logística S/A e será capaz de operar, segundo os empreendedores, até 240 mil pousos e decolagens por ano.
A Harpia pertence a Fernando Augusto Camargo de Arruda Botelho – filho de Fernando Botelho, acionista do Grupo Camargo Corrêa falecido no ano passado –, e a André Junqueira Pamplona Skaf, filho do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
Apesar de o Brasil ter hoje a segunda maior frota de aviação geral do mundo, com mais de 14 mil aeronaves, a maior parte dela concentrada em São Paulo, de acordo com dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), a cidade conta com apenas três opções de pousos e decolagens, todas com limitações: Congonhas, onde há permissão para pouso de apenas quatro aeronaves/hora, o aeroporto internacional de Guarulhos, que não tem vocação para esta modalidade de aviação, e o Campo de Marte, totalmente dedicado à aviação geral, mas que tem restrições técnicas e operacionais, já que opera voos visuais e parcialmente por instrumento e tem pistas curtas.
Em estudo. Além do aeroporto de Parelheiros, que será liberado nesta quinta-feira, dois outros espaços estão em estudo e deverão ter suas construções também autorizadas ainda este ano, segundo a Secretaria de Aviação Civil: um aeroporto no município de São Roque, da incorporadora JHSF, e um heliporto na região do bairro Jaguaré, na capital paulista.
De acordo com o diretor da Abag, Ricardo Nogueira, quando os três estiverem em funcionamento, em um prazo previsto de até dois anos, será possível dobrar a capacidade do setor, que tem crescido mais de 6% ao ano.
"A malha aeroportuária brasileira está muito antiga e defasada. É preciso ampliar os investimentos nesta área", afirmou Nogueira, após lembrar que é preciso ampliar o atendimento do setor. Ele citou que somente a cidade de São Paulo possui mais de 700 helicópteros.
O aeroporto de Parelheiros será o primeiro aeródromo brasileiro de aviação geral a ser explorado em modalidade de autorização e que poderá cobrar tarifas aeroportuárias. Esta é uma nova regra que permite a empreendedores privados aproveitar a demanda crescente por transporte aéreo no País e, ao mesmo tempo, aliviar a pressão de uso sobre os aeroportos públicos, segundo explicou a SAC.
Apesar de a exploração comercial de aeródromos de uso privado ser proibida, um decreto em dezembro estabeleceu a chamada autorização como modalidade de outorga.
De acordo com esta regra, os empreendedores privados poderão abrir aeroportos de uso público e cobrar tarifa, desde que toda a execução da obra, a manutenção e a segurança – até mesmo contra incêndios – sejam de responsabilidade exclusiva das empresas.
Os novos aeroportos precisam também seguir as regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Comando da Aeronáutica. Os aeródromos também estão sujeitos à fiscalização destes órgãos.
Ainda de acordo com a Secretaria de Aviação Civil, o regime tarifário é estabelecido pela Anac, com recolhimento de um adicional de tarifa aérea (chamado Ataero), que equivale a 35,9% da tarifa e é destinado ao FNAC (Fundo Nacional da Aviação Civil).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular