Pular para o conteúdo principal

Se Dilma sair do páreo, PSD apoia Serra, diz dirigente

Se Dilma sair do páreo, PSD apoia Serra, diz dirigente

Saulo Queiroz, secretário-geral do partido de Kassab, faz previsões de cenários para 2014 e considera que tucano pode mesmo se filiar ao PPS

 
  •  
A queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT), dificuldades políticas e econômicas enfrentadas pelo governo levam o comando do PSD a fazer cálculos para as eleições de 2014. O apoio a uma eventual candidatura do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) é tido como certo pelo secretário-geral do partido, Saulo Queiroz, na eventualidade de Dilma não concorrer à reeleição.

Na análise do dirigente, caso a popularidade da presidente continue em baixa nas pesquisas isso poderá levar o PT a tirá-la do páreo. "Se a Dilma não se recuperar, o PT poderá descartá-la. E, nesse momento, o jogo zera e estaremos livres para buscar o nosso caminho. Nosso apoio é à Dilma e não ao PT", afirmou Queiroz.
Dentro do xadrez eleitoral, ele acredita que, por falta de espaço no PSDB, Serra poderá deixar o ninho tucano até outubro e ingressar no PPS para disputar a Presidência. No PSDB, o candidato natural é o senador Aécio Neves (MG). "A filiação no PPS é como se fosse um ingresso para o Serra participar do jogo. Se ele tiver sensatez, ele compra o ingresso. Amanhã, se ele se viabilizar, podemos seguir com ele", afirmou Queiroz.
O PSD até especula sobre quem poderia integrar a eventual chapa de Serra na condição de vice. O dirigente cita, sem titubear, a senadora Katia Abreu (TO): "Ela é acima da média". Ele também fez prognósticos para o presidente nacional da legenda, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. "É lógico que o Kassab é candidato ao governo de São Paulo."
Apesar da avaliação de que seu partido poderá apoiar Serra, o dirigente descartou a hipótese de o tucano migrar para o PSD. Isso poderia causar "racha na legenda", justifica.
Com Lula. Num cenário remoto, em que Dilma não disputaria a reeleição, o secretário-geral do PSD avaliou duas possíveis saídas para o PT em 2014. Uma óbvia com a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outra, sem o ex-presidente e sem Dilma. "Se for o Lula, lutarei loucamente para o partido ir com o Serra", avisa.
Para Queiroz, se o petista entrar no páreo, ele anula a possível candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). "Você terá um jogo fantástico com dois candidatos de oposição, Aécio e Serra, disputando para chegar no segundo turno com o Lula."
Sem Lula e sem Dilma, o PT, na avaliação do secretário-geral do PSD, teria o nome de Eduardo Campos como alternativa. "O que o PT poderá fazer? A única saída será o Eduardo Campos, que é o cara que pode equilibrar as forças", considerou.
Questionado sobre um possível apoio do PSD a Eduardo Campos, o dirigente ponderou: "E por que iríamos com o Eduardo? Para ser o quarto partido?
Uma eventual aliança com o PSDB também é tida como pouco provável diante da previsão de disputas acirradas entre as duas legendas nos Estados. "Temos experiência de parcerias com o PSDB. Caminhar com Aécio nos abriria poucos espaços para candidatos aos governos estaduais, senadores e deputados", analisou Queiroz.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.