Pular para o conteúdo principal


Direito trabalhista

Acordo coletivo de domésticas de SP pode nortear lei

De acordo com a convenção coletiva dos sindicatos paulistas, ficou acertado que o piso será equivalente ao piso regional do estado de São Paulo, 755 reais. E salário de 1,2 mil reais para as domésticas que residam no trabalho

Empregada doméstica Noedilma Silva Santana
Os sindicatos assinaram a primeira convenção coletiva da categoria na última sexta-feira, 26/07
A convenção coletiva entre o Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos da Grande São Paulo (Sindoméstica-SP) e o Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo (Sedesp) vai ser levada aos parlamentares de Brasília para servir como base para a legislação que regulamenta a ampliação dos direitos aos profissionais do setor, como jardineiros, domésticas, cuidadores de idosos e babás.
Em maio, o projeto que regulamenta o trabalho doméstico foi enviado pelo governo ao Congresso Nacional. Neste mês, ele foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas ainda está na Câmara.
Os sindicatos assinaram a primeira convenção coletiva da categoria na sexta-feira. Ficou acertado que o piso será equivalente ao piso regional do estado de São Paulo, que é de 755 reais. O documento também prevê salário de 1,2 mil reais para as domésticas que residam no local do trabalho - nesse valor, já estão incluídos a hora extra e o adicional noturno.
Leia também: Governo reduz estimativa de criação de vagas para 2013
PEC das Domésticas: saiba como ficar dentro da lei
Entenda o que muda na prática com a PEC das Domésticas

"A convenção foi um primeiro passo para regulamentar essa lei. Na semana que vem, nós estaremos em Brasília para que os deputados e senadores tenham essa convenção como base", afirmou Margareth Galvão Carbinato, fundadora e presidente de honra do Sedesp. "Isso vai ajudar muito na relação patrão e empregado doméstico."
O acordo entre patrões e empregados abrange 26 cidades de São Paulo, entre elas Osasco, Guarulhos e Suzano - a capital paulista não está incluída -, e começa a valer a partir de 26 de agosto.
"A convenção coletiva de trabalho conseguiu resolver alguma parte, como carga horária e adicional noturno, mas os pontos que aguardam regulamentação não foram solucionados", disse Camila Ferrari, assessora jurídica do Sindoméstica-SP.
Entre os itens indefinidos estão o auxílio-creche e salário-família. De acordo com ela, até a Organização Internacional do Trabalho (OIT) pediu uma cópia da convenção coletiva para ser exportada como modelo para outros países.
Com 700 mil trabalhadores na base, o sindicato de trabalhadores da Grande São Paulo integra a Federação das Empregadas e Trabalhadores Domésticos do Estado de São Paulo (Federação Doméstica-SP) e foi escolhido para ser o primeiro a negociar pela representatividade.
Leia ainda: Seguro-desemprego voltará a ter a mesma correção do salário mínimo
Senado aprova regulamentação dos direitos dos empregados domésticos

A Federação Doméstica-SP também representa os sindicatos de Jundiaí, Sorocaba, Araraquara e da Baixada Santista - ao todo, 1,2 milhão de profissionais. "Nos próximos dois meses, as convenções desses outros sindicatos devem ser concretizadas. O conteúdo da Grande São Paulo deve prevalecer, mas, em alguns casos, a parte de cargos e salários pode ser adequada, dependendo de cada região", afirmou Camila, que também é assessora jurídica da Federação Doméstica-SP.
Capital — Na cidade de São Paulo, as negociações com o Sedesp serão conduzidas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contratcs), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT). A Contratcs tem representatividade nacional em 13 Estados, além de São Paulo, e ainda busca uma pauta de reivindicação uniforme. A base é de quase 731 mil trabalhadores. Em junho, numa reunião na Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo, a entidade reivindicou um piso de 1,2 mil reais.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p