Aparecida tem bloqueios e revistas
Por todos os cantos da cidade, soldados revistaram mochilas e veículos; mau tempo fez pontífice trocar helicóptero por avião
Por causa do mau tempo, o papa seguirá do Rio até São José dos Campos em um
VC-2 Emb-190 da Força Aérea Brasileira. De lá, a comitiva, de 30 a 40 pessoas,
deve seguir em quatro helicópteros militares até Aparecida, em um trajeto de 70
km. Caso haja mudança de planos, a Polícia Rodoviária poderia fechar a Via Dutra
se a comitiva precisasse usar a estrada.
A previsão é de que o pontífice seguirá no helicóptero H-34 Super Puma
diretamente até a basílica, com chegada prevista para as 10h - a missa solene
deve começar às 10h30.
Já na terça-feira, 23, soldados e policiais militares bloquearam as entradas de Aparecida e revistaram motoristas e cada canto do Santuário Nacional, onde fica a Basílica Nacional. Por todos os cantos soldados revistaram mochilas e exigiram a identificação de quem se aproximava da basílica. Até bairros afastados foram ocupados pelo Exército.
Na entrada da cidade, motoristas eram parados e soldados revistavam, com a ajuda de espelhos, até a parte inferior dos veículos. Todos eram obrigados a informar para onde iam. "Não podemos fazer feio com o papa, é justo que se faça isso", respondeu o aposentado Jaime Rizzo, de 65 anos, padeiro de Aparecida, que teve sua Kombi revistada ao voltar para casa.
No ar, três helicópteros da PM e dois da Aeronáutica vão ajudar a monitorar o fluxo de trânsito e a vigilância no entorno da Basílica. No mirante do Santuário, a mais de 30 metros de altura, cerca de 40 agentes da PF e integrantes da inteligência das Forças Armadas monitoram as ruas por meio de 100 câmeras. "Aqui é o nosso mirante, chamamos esse local de ‘olho da águia’.
Conseguimos daqui uma visão panorâmica de toda a cidade e da basílica", afirma o general William Abraão, comandante da 12.ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel e da operação de segurança.
Protestos. As chances são grandes de a visita papal ser alvo de manifestações. Isso porque, na madrugada de terça-feira, pelo menos oito ônibus lotados devem sair de São Paulo rumo a Aparecida - não para rezar, mas para protestar. "Será uma manifestação pacífica, cobrando coerência do discurso do papa em relação aos ataques que os pobres brasileiros vêm recebendo dos políticos e da polícia", afirmou Guilherme Boulos, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
O MTST vem articulando a manifestação em parceria com o Movimento Periferia Ativa e a Resistência Urbana - Frente Nacional de Movimentos. Em manifesto divulgado na internet, os grupos dizem que os discursos de Francisco são "um avanço", mas enfatizam que se faz necessária "coerência prática".
O arcebispo emérito de São Paulo, d. Claudio Hummes, defendeu o direito do povo de ir às ruas e afirmou que o papa "saberá dar respostas concretas ao povo". O cardeal de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Raymundo Damasceno, afirmou que o papa "não está preocupado com protestos".
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Fiéis acampam na frente da basílica à
espera da missa de quarta-feira
Já na terça-feira, 23, soldados e policiais militares bloquearam as entradas de Aparecida e revistaram motoristas e cada canto do Santuário Nacional, onde fica a Basílica Nacional. Por todos os cantos soldados revistaram mochilas e exigiram a identificação de quem se aproximava da basílica. Até bairros afastados foram ocupados pelo Exército.
Na entrada da cidade, motoristas eram parados e soldados revistavam, com a ajuda de espelhos, até a parte inferior dos veículos. Todos eram obrigados a informar para onde iam. "Não podemos fazer feio com o papa, é justo que se faça isso", respondeu o aposentado Jaime Rizzo, de 65 anos, padeiro de Aparecida, que teve sua Kombi revistada ao voltar para casa.
No ar, três helicópteros da PM e dois da Aeronáutica vão ajudar a monitorar o fluxo de trânsito e a vigilância no entorno da Basílica. No mirante do Santuário, a mais de 30 metros de altura, cerca de 40 agentes da PF e integrantes da inteligência das Forças Armadas monitoram as ruas por meio de 100 câmeras. "Aqui é o nosso mirante, chamamos esse local de ‘olho da águia’.
Conseguimos daqui uma visão panorâmica de toda a cidade e da basílica", afirma o general William Abraão, comandante da 12.ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel e da operação de segurança.
Protestos. As chances são grandes de a visita papal ser alvo de manifestações. Isso porque, na madrugada de terça-feira, pelo menos oito ônibus lotados devem sair de São Paulo rumo a Aparecida - não para rezar, mas para protestar. "Será uma manifestação pacífica, cobrando coerência do discurso do papa em relação aos ataques que os pobres brasileiros vêm recebendo dos políticos e da polícia", afirmou Guilherme Boulos, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
O MTST vem articulando a manifestação em parceria com o Movimento Periferia Ativa e a Resistência Urbana - Frente Nacional de Movimentos. Em manifesto divulgado na internet, os grupos dizem que os discursos de Francisco são "um avanço", mas enfatizam que se faz necessária "coerência prática".
O arcebispo emérito de São Paulo, d. Claudio Hummes, defendeu o direito do povo de ir às ruas e afirmou que o papa "saberá dar respostas concretas ao povo". O cardeal de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Raymundo Damasceno, afirmou que o papa "não está preocupado com protestos".
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