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Maquinista de trem que descarrilou na Espanha está sob custódia em hospital

Maquinista de trem que descarrilou na Espanha está sob custódia em hospital


Suprema Corte disse que homem foi interrogado e é investigado por suspeita de estar em alta velocidade

Trem descarrilou ao fazer uma curva - Lavandeira Jr./Efe
 
Trem descarrilou ao fazer uma curva
A suspeita é de que o trem estava em alta velocidade no momento de fazer uma curva, o que teria causado o acidente. O trem com oito vagões saiu dos trilhos nos arredores de Santiago de Compostela na noite de quarta-feira, em um dos piores acidentes ferroviários da Europa.
A Suprema Corte da região da Galícia disse, em comunicado, que o juiz que investiga o acidente havia ordenado a detenção do maquinista, de 52 anos, que está internado, para que ele fosse interrogado. O tribunal acrescentou que ele estava sob investigação formal.
Um vídeo gravado por uma câmera de segurança mostra o trem descarrilando ao fazer uma curva em alta velocidade e colidindo com um muro. Um funcionário local descreveu as cenas após o acidente como o inferno, com corpos espalhados perto dos trilhos. O impacto foi tão grande que um vagão voou vários metros e caiu do outro lado da alta barreira de concreto.
Cerca de 94 pessoas ficaram feridas, das quais 35 permanecem em estado grave, incluindo quatro crianças, afirmou o vice-chefe do governo regional.
"Ouvimos um barulho enorme e descemos até os trilhos. Ajudei a resgatar alguns feridos e corpos para fora do trem. Entrei em um dos vagões, mas prefiro não dizer o que eu vi lá", disse à Reuters Ricardo Martinez, um padeiro de 47 anos, em Santiago de Compostela.
O governo galego disse que o trem chegou a ter dois maquinistas. Houve uma troca na condução minutos antes do acidente, por isso não ficou claro de imediato qual deles estaria sob investigação. Segundo a empresa ferroviária Renfe, citada pela agência AFP, o homem investigado, Garzón, é maquinista há 30 anos e assumiu o controle do trem cerca de 100 quilômetros ao sul de Santiago de Compostela.
Testemunhas contaram à imprensa espanhola que Garzón foi visto auxiliando no resgate das vítimas e gritando ao telefone: "Descarrilei! O que eu faço?". Muitos jornais publicaram trechos de sua página no Facebook nos quais se gabava de dirigir trens em alta velocidade. A página foi tirada do ar nesta quinta-feira e os relatos não puderam ser verificados.
Segundo o jornal El País, o maquinista ficou preso nos destroços da cabine e contou por rádio à estação ferroviária que o trem havia entrado na curva a 190 quilômetros por hora. Uma fonte oficial disse que o limite de velocidade naquele trecho de trilhos duplos é de 80 quilômetros por hora.
"Somos apenas humanos! Somos apenas humanos!", dizia Garzón à estação, segundo relato do jornal, a partir de informações de fontes próximas à investigação. "Espero que não haja mortos, porque isso vai recair sobre a minha consciência."
Os investigadores estavam tentando estabelecer com urgência por que o trem estava indo tão rápido e por que dispositivos de segurança para manter a velocidade dentro dos limites permitidos não funcionaram.
O trem foi construído pela Bombardier e Talgo e tinha cerca de cinco anos. Estava quase com o número máximo de passageiros. Segundo o chefe da Renfe, Julio Gomez-Pomar Rodriguez, o trem havia sido inspecionado poucas horas antes. "O que sabemos é que o trem não havia quaisquer problemas técnicos. O trem tinha passado por uma inspeção naquela mesma manhã", disse a emissora de rádio Cadena Cope após o descarrilamento.
Estrangeiros. Um americano morreu no acidente e cinco ficaram feridos, disse o Departamento de Estado em Washington. O México disse que um de seus cidadãos estava entre os mortos.
Pelo menos um britânico ficou ferido, segundo um porta-voz da embaixada britânica. Acredita-se que havia passageiros de várias outras nacionalidades.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, que nasceu em Santiago de Compostela, a capital da região da Galícia, visitou o local nesta quinta-feira. Ele declarou três dias de luto nacional oficial pelas vítimas do desastre. O rei Juan Carlos e a rainha Sofia também foram para Santiago e visitaram os feridos no hospital./

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