Após protestos, aprovação a governadores cai junto com popularidade de Dilma
Entre 11 administrações avaliadas em pesquisa CNI/Ibope, a de Sérgio Cabral, no Rio, tem pior desempenho e Eduardo Campos, de Pernambuco, tem o melhor
Os números da pesquisa Ibope divulgados ontem pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI) mostram que as manifestações populares de junho que derrubaram a
popularidade da presidente Dilma Rousseff também atingiram em cheio os
principais governadores do País, independentemente da coloração partidária ou da
relação com o governo federal.
Principal alvo dos movimentos no Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral (PMDB), que tenta viabilizar a candidatura de seu vice, Luiz Pezão, para suceder-lhe no Estado, foi o mais prejudicado entre os 11 governadores incluídos na sondagem.
Apenas 12% dos entrevistados consideraram seu governo ótimo ou bom. E só 25% disseram que sua administração inspira confiança. Reeleito no primeiro turno da eleição de 2010 com 66,08% dos votos válidos, Cabral vive o pior momento de sua carreira no executivo fluminense. Em novembro daquele ano, por exemplo, sua gestão foi avaliada como ótima ou boa por 55% dos entrevistados do Datafolha.
O mesmo instituto mostrou, em pesquisa divulgada no último mês de junho, que ele contava com 25% de aprovação.
Enquanto em outras partes do País os protestos arrefeceram, no Rio eles são praticamente diários. Até a casa do governador, no bairro do Leblon, tem sido alvo de cercos de grupos que pedem sua renúncia.
No Rio, o índice de entrevistados que consideram o governo de Dilma ótimo ou bom é de 19%.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que se articula para disputar o Palácio do Planalto no ano que vem contra Dilma, foi o mais bem avaliado da pesquisa Ibope. Sua gestão foi considerada ótima ou boa por 58% dos entrevistados. Dilma tem aprovação menor do que ele entre os pernambucanos: 41% aprovam a gestão da petista no Planalto.
Apesar de liderar o ranking dos governadores mais bem avaliados no momento, ele está distante do seu melhor desempenho. Na pesquisa do Datafolha divulgada em novembro de 2010 ele contava com 80% de aprovação e parecia imbatível.
O segundo governador mais bem avaliado foi Beto Richa (PSDB), do Paraná. Seu governo foi considerado ótimo ou bom por 41% dos entrevistados.
São Paulo. Chefe do executivo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que tentará a reeleição, foi o quarto governador mais mal avaliado. Com 26% de citações no item ótimo ou bom, ele só ficou atrás de Tarso Genro (PT), do Rio Grande do Sul (25%), Marconi Perillo (PSDB), de Goiás (21%) e Cabral. Alckmin tinha 52% de aprovação antes do início das manifestações, segundo o Datafolha. O índice caiu para 38% no fim daquele mês de junho. Agora o Ibope aponta 26%.
Um dos alvos preferenciais dos manifestantes mineiros, o governador Antonio Anastasia (PSDB), que não pode se reeleger, apareceu com 36% de ótimo e bom. Se o índice não está tão ruim perto de colegas de outros Estados, a situação é bem pior do que já foi. No Datafolha de novembro de 2010, seu governo tinha boa avaliação de 59% da população mineira.
Anastasia é afilhado político e sucessor do no Estado do senador Aécio Neves, nome do PSDB que deverá disputar a eleição presidencial de 2014.
Na média nacional, 28% dos entrevistados consideram que o governador de seu Estado tem uma gestão ótima ou boa. O índice nacional em relação à gestão Dilma é de 31%.
A pesquisa do Ibope foi realizada entre 9 e 12 de julho, com 7.686 pessoas, em 434 municípios. A margem de erro dos números nacionais é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. No caso dos Estados, a margem cresce para três pontos.
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O mesmo instituto mostrou, em pesquisa divulgada no último mês de junho, que ele contava com 25% de aprovação.
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Anastasia é afilhado político e sucessor do no Estado do senador Aécio Neves, nome do PSDB que deverá disputar a eleição presidencial de 2014.
Na média nacional, 28% dos entrevistados consideram que o governador de seu Estado tem uma gestão ótima ou boa. O índice nacional em relação à gestão Dilma é de 31%.
A pesquisa do Ibope foi realizada entre 9 e 12 de julho, com 7.686 pessoas, em 434 municípios. A margem de erro dos números nacionais é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. No caso dos Estados, a margem cresce para três pontos.
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