Sócio da boate Kiss e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira são presos
Delegado confirma que uso de sinalizador durante apresentação da banda deve ter sido causa do incêndio.
Familiares durante o velório das vítimas do incêndio em Santa Maria, no Rio Grande do Sul - Neco Varella/EFE
Segundo o advogado de Elissandro, o criminalista Jader Marques, o empresário teve medo de ficar em Santa Maria e decidiu sair da cidade. De acordo com entrevista do advogado ao Zero Hora, o empresário buscou atendimento médico em Cruz Alta devido à intoxicação. No momento da tragédia, afirmou o criminalista, Elissandro estava com a mulher grávida na boate.
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, esteve esta manhã na 1ª Delegacia Policial de Santa Maria. “Estou aqui para tomar conhecimento do inquérito. Foi um evento que proporcionou lesões muito graves. É um momento que exige qualidade técnica, profundidade e responsabilidade”, disse Genro. “Quero garantir que o inquérito seja exemplar, que dele possam decorrer, a partir de iniciativas do MP, modificações legislativas nos planos federal, municipal e estadual, para que isso nunca mais aconteça”.
Segundo o chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegado Ranolfo Vieira Júnior, um quarto envolvido ainda é procurado. Vieira informou que um advogado que disse representar o suspeito que ainda não foi preso entrou em contato com a polícia e disse que seu cliente deve se apresentar ainda nesta segunda-feira. “Todo indivíduo que tem mandado de prisão é considerado foragido. É importante que se diga que a polícia continua apurando, realizando diligências na direção de prendê-lo (o foragido)", disse.
“Após ouvir testemunhas, a polícia entendeu que era o caso de pedir a prisão. No momento não queremos apontar culpados, mas elucidar o acontecimento. Depois das investigações, se houver responsáveis, eles serão apontados”, disse Vieira.
Vieira explicou os passos da investigação. "Atuamos em três frentes. A primeira é a prova testemunhal, ou seja, ouvir as pessoas que estavam presentes e as pessoas que costumavam frequentar o local. A segunda, a prova da perícia, que também é importante. A terceira, a prova documental, que consiste em verificar se o local funcionava com os documentos devidos”, afirmou. Sobre a lotação do local, o chefe de polícia afirmou que há relatos de que o local estava com sua capacidade máxima. “No entanto, evitamos por enquanto comentar esse tipo de declaração”, disse.
Até o momento a polícia não obteve gravações do sistema de vídeo dentro da boate, uma das pistas importantes para esclarecer a mecânica da tragédia.
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