Prestes a assumir diplomacia dos EUA, Kerry defende 'novas ideias'
Indicado por Obama fala de mundo 'mais complexo' e opina que, na América Latina, incerteza quanto a Chávez, pode representar 'oportunidade'
WASHINGTON - O senador democrata por Massachusetts, John Kerry, defendeu
nesta quinta-feira "novas ideias" para a diplomacia americana, ao participar de
sabatina em que deve ser empossado como o novo secretário de Estado dos EUA,
substituindo Hillary Clinton.
Kerry falava de um mundo muito mais "complexo" que em qualquer outro momento da história recente, com a ascensão da China e de outras potências emergentes, os métodos de guerra não-tradicional e desafios econômicos, ambientais, políticos e sociais interligados.
Durante a sua sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado (a qual ele presidia), Kerry disse que a liderança americana se faz necessária neste mundo complexo e multipolar. Segundo a agência Reuters, os elogios que Kerry recebeu na sabatina deixa poucas dúvidas de que ele será confirmado pelo Senado como o novo chefe da diplomacia americana.
Kerry destacou a importância do fim das guerras da era Bush e reafirmou que ele e o presidente Barack Obama preferem uma solução "diplomática" para o impasse em torno do programa nuclear iraniano. Porém, ele disse que "o tempo está se esgotando" para se chegar a um entendimento com o Irã.
América Latina
Falando sobre a América Latina, Kerry disse que as incertezas em relação à saúde do presidente venezuelano, Hugo Chávez, podem representar uma "oportunidade para uma transição" política no país. Kerry também disse desejar que Equador e Bolívia "cooperem" mais com os EUA.
O secretário destacou a Colômbia como um "exemplo para o resto da região" por normalizar a relação com os vizinhos e dar início a negociações para um processo de paz com as guerrilhas. Para Kerry, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, "está fazendo um trabalho incrível" e o recente acordo de livre comércio Colômbia-EUA é um exemplo das oportunidades que os países latino-americanos podem aproveitar se cooperarem com o vizinho do norte.
Ele também elogiou as iniciativas de combate ao narcotráfico em conjunto com o México e a cooperação energética e climática com o Brasil. Durante um breve momento da sabatina, uma manifestante interrompeu o debate, invadindo o salão da comissão gritando e pedindo o fim das guerras no Oriente Médio. Procedimentos do Congresso são frequentemente interrompidos por manifestantes.
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Kerry fala em novas ideias para diplomacia
dos EUA
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Durante a sua sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado (a qual ele presidia), Kerry disse que a liderança americana se faz necessária neste mundo complexo e multipolar. Segundo a agência Reuters, os elogios que Kerry recebeu na sabatina deixa poucas dúvidas de que ele será confirmado pelo Senado como o novo chefe da diplomacia americana.
Kerry destacou a importância do fim das guerras da era Bush e reafirmou que ele e o presidente Barack Obama preferem uma solução "diplomática" para o impasse em torno do programa nuclear iraniano. Porém, ele disse que "o tempo está se esgotando" para se chegar a um entendimento com o Irã.
América Latina
Falando sobre a América Latina, Kerry disse que as incertezas em relação à saúde do presidente venezuelano, Hugo Chávez, podem representar uma "oportunidade para uma transição" política no país. Kerry também disse desejar que Equador e Bolívia "cooperem" mais com os EUA.
O secretário destacou a Colômbia como um "exemplo para o resto da região" por normalizar a relação com os vizinhos e dar início a negociações para um processo de paz com as guerrilhas. Para Kerry, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, "está fazendo um trabalho incrível" e o recente acordo de livre comércio Colômbia-EUA é um exemplo das oportunidades que os países latino-americanos podem aproveitar se cooperarem com o vizinho do norte.
Ele também elogiou as iniciativas de combate ao narcotráfico em conjunto com o México e a cooperação energética e climática com o Brasil. Durante um breve momento da sabatina, uma manifestante interrompeu o debate, invadindo o salão da comissão gritando e pedindo o fim das guerras no Oriente Médio. Procedimentos do Congresso são frequentemente interrompidos por manifestantes.
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