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Obama insinua que não descarta intervenção na Síria




O presidente dos EUA, Barack Obama, disse não saber se uma intervenção militar na Síria ajudará a encerrar 22 meses de uma sangrenta guerra civil, ou se agravaria a situação.


Em duas entrevistas, Obama respondeu a críticos que veem os EUA excessivamente desligados da crise na Síria, onde dezenas de milhares de pessoas já foram mortas e milhões ficaram desabrigadas pelo conflito, segundo cálculos da ONU. Transcrições de ambas as entrevistas foram divulgadas no domingo.

Os EUA pressionam o presidente sírio, Bashar al Assad, a renunciar, e reconhecem a legitimidade de uma coalizão oposicionista - mas sem autorizar a entrega de armas norte-americanas aos rebeldes.

"Numa situação como a da Síria, devo perguntar: podemos fazer uma diferença nessa situação?", disse Obama em entrevista publicada no site da revista The New Republic.

Obama disse que precisa levar em conta os benefícios de uma intervenção militar, e a necessidade do Pentágono de amparar a tropa ainda presente no Afeganistão.

"Será que (a intervenção0 poderia piorar ainda mais a violência ou o uso de armas químicas? O que oferece a melhor perspectiva de um regime pós-Assad?", questionou Obama. "E como peso os dezenas de milhares que já foram mortos na Síria, versus os dezenas de milhares que estão atualmente sendo mortos no Congo?"

As declarações de Obama ocorrem num momento em que líderes mundiais reunidos em Davos, na Suíça, disseram desejar um maior envolvimento dos EUA em questões geopolíticas como os conflitos na Síria e no Mali, onde a França combate militantes ligados à Al Qaeda.

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