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Ameaça de atentados amedronta capital do Mali, diz embaixador brasileiro


Missionários brasileiros estão sendo incentivados pelo Itamaraty a deixar Bamako.



A capital malinesa Bamako vive um clima de medo em relação a possíveis atentados de extremistas islâmicos, segundo o embaixador brasileiro Jorge José Frantz Ramos. A cidade vem recebendo cada vez mais tropas francesas.


Segundo o diplomata, há apenas 10 brasileiros atualmente no Mali - três missionários e sete diplomatas da representação brasileira, todos em Bamako.

Os religiosos estão sendo aconselhados pelo Itamaraty a abandonar suas atividades e deixar o país devido ao conflito militar iniciado há 13 dias.

"O grupo Ansar Dine disse que iria se vingar (dos ataques franceses no norte do país) e ameaçou autoridades locais", disse o embaixador.

A Ansar Dine é uma milícia formada por extremistas islâmicos acusada pelas potências ocidentais de ser formada por ex-membros da AQIM, o ramo da rede Al-Qaeda na região do Magreb.

Junto com outras milícias islâmicas, como o Movimento de Unidade e Jihad da África Ocidental e rebeldes tuaregues, a Ansar Dine aproveitou-se de um golpe de Estado dos militares em março de 2012 para tomar a maioria das cidades no norte do Mali.

No início do mês, os grupos islâmicos iniciaram uma ofensiva em direção ao sul, controlado pelo governo malinês.

Quando a cidade de Konna - na fronteira de fato entre o norte e o sul - foi tomada por extremistas, a França iniciou uma intervenção militar no país.

Diversas cidades do norte foram bombardeadas pela aviação francesa e ao menos três foram tomadas por tropas terrestres.

Embora o conflito ocorra a grande distância da capital, o embaixador afirmou que uma quantidade crescente de tropas francesas está sendo posicionada em Bamako.

O principal objetivo delas é proteger os cerca de seis mil franceses que residem no país de eventuais atentados. "Aparentemente Bamako está tranquila, mas existe esse risco de atentados", disse Ramos.

Segundo ele, nenhuma representação diplomática retirou seu pessoal da capital. Por enquanto, a embaixada brasileira deve continuar funcionando normalmente.

Conflito

A França possui atualmente cerca de dois mil militares no Mali. Um reforço de mais 500 homens deve chegar ao Mali nos próximos dias.

Contudo, segundo analistas, a campanha militar francesa - cuja maior força são os bombardeiros aéreos - depende do apoio de tropas terrestres de países africanos.

Uma coluna do Chad (que prometeu um reforço de dois mil militares), especializada em guerra no deserto, atravessa atualmente o Níger em direção ao norte do Mali.

Além disso, uma força militar formada por tropas de países da Cedeao (Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental) deve entrar no país em breve com mais de dois mil homens.

Grã-Bretanha e Estados Unidos participam do conflito fornecendo informações de inteligência e transporte aéreo estratégico para os franceses.

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