Militares franceses tomam aeroporto do norte do Mali
Kidal era a última grande cidade de região malinense em poder de islamitas
Moradores saúdam soldados malinenses na região de Gao, até então controlada por islamitas
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Entenda o caso
- • No início de 2012, militantes treinados na Líbia impulsionam uma grande revolta dos tuaregues no norte do Mali. Em março, o governo sofre um golpe de estado.
- • Grupos salafistas, com apoio da Al Qaeda, aproveitam o vácuo de poder para tomar o norte do país - onde impõem um sistema baseado nas leis islâmicas da 'sharia'.
- • Em janeiro de 2013, rebeldes armados, com ideais bastante heterogêneos, iniciam uma ofensiva em direção ao sul do Mali, e o presidente interino, Dioncounda Traoré, pede socorro à França.
- • Com o aval das Nações Unidas, François Hollande envia tropas francesas e dá início a operações aéreas contra os salafistas, numa declarada guerra contra o terrorismo.
A chegada dos soldados franceses a Kidal acontece depois da reconquista, nas últimas 48 horas e sem real resistência, das duas maiores cidades do norte do país, Gao e Timbuktu, tomadas pelos grupos armados islamitas que nos últimos nove meses intensificaram os ataques.
O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, em entrevista publicada nesta terça pelo jornal Le Parisien assinalou que "libertar Gao e Timbuktu" fazia parte do plano da intervenção de seu país, que tem intenção de se retirar "rapidamente".
Kidal, a 1.500 quilômetros de Bamako, e sua região, no extremo nordeste de Mali, perto da fronteira com a Argélia, era um reduto do Ansar al-Dine (Defensores do Islã), formado por islamitas armados. Um grupo saído do Ansar al-Dine, o Movimento Islâmico de Azawad (MIA), havia afirmado que controlava Kidal ao lado dos rebeldes tuaregues do Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA).
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