Após mortes em protestos, Mursi pede fim da violência
Pelo menos sete pessoas morreram em manifestações no aniversário de dois anos do início da revolta popular que derrubou a ditadura de Hosni Mubarak
Polícia dispersa manifestantes perto do Palácio de Governo, no Cairo - Mahmoud Khaled / AFP
A outra morte aconteceu em Ismailia, no norte do país, onde grupos opositores colocaram fogo em uma das sedes da Irmandade Muçulmana, organização política que representa a principal base de apoio de Mursi.
Leia também: Corte do Egito aceita apelo de Mubarak, que terá novo julgamento
Praça Tahir - Confrontos também deixaram feridos na icônica Praça Tahir, no centro da capital Cairo. No local, milhares de egípcios se reuniram para protestar em frente à sede do governo contra o presidente do país, acusando Mursi de ter traído os ideais do levante iniciado há dois anos. O grupo chegou a tentar invadir o palácio presidencial, mas foi dispersado pelas forças de segurança com bombas de gás lacrimogênio. Em resposta, os manifestantes lançaram pedras e coquetéis molotov nos policiais.
Os protestos desta sexta contra o governo e a Irmandade Muçulmana contaram com o apoio dos principais grupos de oposição no país. "Vamos sair às praças para finalizar os objetivos da revolução", escreveu no Twitter, na quinta, Mohamed El Baradei, uma das principais figuras da oposição laica.
Além das sete pessoas mortas, as manifestações, que também aconteceram nas cidades de Alexandria e Mahalla, deixaram 474 feridos – a maioria deles civis –, segundo o Ministério de Saúde do país.
O clima de tensão no Egito obrigou o presidente Mursi a se pronunciar ainda na noite de sexta, pedindo o fim da violência no país. "Peço a todos os cidadãos que aderiram aos nobres valores da revolução que manifestem livre e pacificamente suas opiniões e rejeitem a violência", escreveu ele em sua conta oficial no Twitter. Mursi também afirmou que há policiais entre as vítimas e prometeu levar os responsáveis pelas mortes à Justiça.
Comentários
Postar um comentário