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Premiê resiste a declarar como mortos passageiros do voo MH370

Em entrevista à CNN, Najib Razak prometeu divulgar relatório sobre desaparecimento de avião da Malaysia Airlines, ocorrido há quase sete semanas

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse que seu governo não está preparado para declarar o Boeing 777 da Malaysia Airlines e seus mais de 200 passageiros como desaparecidos. “Estaremos prontos em algum momento no futuro, mas, neste exato momento, eu acredito que tenho de levar em conta os sentimentos dos familiares, e alguns deles disseram publicamente que não estão dispostos a aceitar isso até que alguma prova seja encontrada”, afirmou o premiê em entrevista à rede americana CNN. Ele acrescentou, no entanto, que “é difícil imaginar” um destino diferente para o avião.
Há exatamente um mês, Razak anunciou oficialmente que o avião, desaparecido desde 8 de março, havia caído no Oceano Índico. No mesmo dia, em mensagem aos familiares das vítimas, a companhia aérea Malaysia Airlines informou que não havia sobreviventes do voo MH370.
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Relatório – O premiê também informou que o governo malaio divulgará um relatório preliminar sobre o desaparecimento da aeronave na próxima semana. O documento, que já foi encaminhado à Organização Internacional de Aviação Civil, o órgão da ONU para a aviação global, traz uma recomendação sobre o monitoramento dos voos. A Malásia defende a necessidade de acompanhar o rastreamento das aeronaves comerciais em tempo real. A mesma orientação foi feita depois do desastre com o voo da Air France, em 2009.
Na entrevista, Razak considerou “bizarro” o fato de um avião que deveria pousar em Pequim acabar em um ponto tão distante, na costa da Austrália. Ele disse ter perguntado diversas vezes aos investigadores se eles tinham certeza sobre a localização da aeronave. "E a resposta deles foi estamos tão seguros quanto possível”.
Os trabalhos de buscas mais uma vez tiveram um resultado frustrante, com as autoridades australianas descartando que destroços encontrados em uma praia do sudoeste da Austrália sejam do avião da Malaysia Airlines.
Parentes das vítimas continuam a pressionar as autoridades da Malásia por respostas e afirmam que, se não conseguirem explicações do governo ou da companhia aérea, estão prontos para cobrar a fabricante do avião.

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