Crise na Ucrânia: tropas dos EUA e jatos britânicos são enviados ao Báltico
Comandante afirma que forças devem tranquilizar aliados na região
Quatro caças Typhoon da Força Aérea Real britânica desembarcaram na base aérea de Siauliai, no norte da Lituânia – os primeiros das 12 aeronaves que irão aumentar o patrulhamento aéreo no Báltico – e 150 soldados norte-americanos foram destacados para a base aérea Amari, na Estônia.
Os chamados Estados Bálticos – Estônia, Letônia e Lituânia, que já fizeram parte da antiga União Soviética – têm forças militares pouco expressivas. São membros da Otan desde 2004, mas não contavam com a presença permanente de tropas estrangeiras, em parte para evitar, justamente, um antagonismo com a Rússia.
Desde que Moscou passou a patrocinar militantes separatistas pró-Rússia na Ucrânia e anexou a Crimeia, essas três nações têm se mantido em alerta. Todas elas possuem um histórico turbulento de relações com o Kremlin e têm populações de origem russa em número significativo. Seu temor é que Moscou passe a estimular o separatismo nessas regiões, tal como fez na Ucrânia.
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Cerca de 600 soldados norte-americanos já foram enviados à Polônia e aos países bálticos para exercícios militares e devem permanecer na região em esquema de rodízio até o fim do ano. "Estamos aqui para tranquilizar os nossos aliados bálticos e mostrar que somos capazes de proteger o seu espaço aéreo caso seja necessário", disse o comandante da Força Aérea Real, Simon Hulme, a repórteres em Siauliai, em frente a um dos jatos Typhoon.
O aeroporto de Siauliai, uma importante base militar da era soviética, não tem uma infraestrutura moderna, de modo que o esquadrão britânico será alojado em galpões temporários construídos na pista. Contêineres de metal servirão de sede para a missão
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