Pular para o conteúdo principal

Ex-chefe de inteligência de Chávez é morto na Venezuela

Homenagens que vão durar três dias tiveram início nesta terça, quando ministro do Interior e Justiça anunciou que um dos responsáveis pelo crime foi detido

Apoiadores chavistas exibem jornal com a foto de Eliézer Otaiza, morto a tiros na Venezuela
Apoiadores chavistas exibem jornal com a foto de Eliézer Otaiza, morto a tiros na Venezuela (EFE)
O ex-chefe de inteligência de Hugo Chávez e atual presidente da Câmara Municipal de Caracas, Eliézer Otaiza, foi assassinado no fim de semana com quatro tiros na cabeça e no pescoço. Ao confirmar a morte, nesta segunda-feira, o presidente Nicolás Maduro ordenou uma investigação sobre o caso. Nesta terça, o ministro do Interior e da Justiça, Miguel Rodríguez Torres, afirmou que um dos envolvidos no crime foi detido, o que levou à identificação dos outros responsáveis. Torres não revelou a identidade de nenhum dos suspeitos.
Otaiza foi visto pela última vez em uma reunião de amigos no município de Baruta, no sudeste de Caracas. Seu corpo foi encontrado no município de El Hatillo, seminu, com sinais de tortura e com o rosto desfigurado. Na segunda-feira, o veículo em que ele estava foi localizado com um tiro na carroceria. As homenagens a Otaiza devem durar três dias, período em que seu corpo ficará exposto na sede da Assembleia Nacional.
Leia também:
Maduro congela dólar em 2014 e 'por muito mais tempo'
Venezuela: falta papel higiênico, mas salário mínimo sobe 10%
Oposição venezuelana apoia diálogo entre estudantes e governo

A notícia sobre a morte do político chavista tirou o foco da crise política nos últimos meses na Venezuela. Ao lamentar a perda de Otaiza, Maduro disse que ele havia sido promovido recentemente a major do Exército. “Era um homem que tinha mil vidas. Descanse em paz, espero que possa se encontrar na vida eterna com o comandante infinito”, declarou o afilhado político de Chávez, em declaração reproduzida pelo jornal espanhol El País, em uma referência ao coronel, morto em 2013.
A morte do político desatou uma série de especulações sobre as disputas internas do chavismo. Declarações da ministra de Assuntos Penitenciários, Iris Valera, contribuíram para isso. Primeiro, ela postou em uma rede social que o crime “cheira a conspiração”, para em seguida, acrescentar: “Eliézer, camarada. Sua morte será vingada”, destacou o El País.
Otaiza nasceu em Valencia, no dia 7 de janeiro de 1965, e participou da segunda tentativa fracassada de golpe contra o presidente Carlos Andrés Pérez, em novembro de 1992, quando Chávez já estava preso por ter comandado outra tentativa de golpe, nove meses antes. Na ocasião, Otaiza foi ferido com gravidade no estômago e na perna, mas sobreviveu.
Leia mais:
Torre de David, a favela de 45 andares de Caracas
'Bigode grosso' é a nova arma de propaganda de Maduro
Supermercado estatal é o retrato da falência da Venezuela

Ele foi membro da Assembleia Constituinte que redigiu a Carta Magna de 1999 - entre outras coisas, o texto acabou com o sistema legislativo bicameral. Durante sua gestão à frente da polícia política, entre janeiro de 2000 e meados de 2001. Após a descoberta de que Vladimiro Montesinos, ex-assessor do ditador peruano Alberto Fujimori, permaneceu foragido da Justiça de seu país em Caracas, Otaiza deixou o cargo.
(Com agências Efe e France-Presse)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p