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Iêmen: brasileiros morreram em ação contra a Al Qaeda

Segundo governo do país, brasileiros fariam parte de grupo terrorista composto ainda por alemães, holandeses e franceses; Itamaraty não confirmou as mortes

Soldado faz patrulha no Iêmen
Soldado faz patrulha no Iêmen ( AFP)
Uma ofensiva do Exército do Iêmen lançada nesta terça-feira contra uma franquia da Al Qaeda que atua no país resultou na morte de dezoito soldados e doze membros da rede terrorista. Segundo afirmou o presidente do país, Abdu Rabo Mansur Hadi, entre os terroristas mortos há um ou mais jihadistas brasileiros, além de franceses, holandeses, alemães e árabes.
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As declarações foram reproduzidas pela agência France-Presse, que informou ainda que Hadi disse que os governos dos países em questão não se interessaram em recuperar os corpos. É a primeira vez que uma autoridade do país mencionou a atuação de brasileiros em atos de terrorismo na região. O governo do Iêmen não divulgou nenhum detalhe sobre como teria sido feita a identificação da nacionalidade dos indivíduos mortos na ofensiva. De acordo com o presidente do país, quase 70% dos membros da Al Qaeda no Iêmen são estrangeiros, a maioria de origem saudita.

O Itamaraty disse na noite de terça-feira que ainda não tem informações concretas sobre o caso e não pode confirmar as mortes.
Leia também: Comandante da Al Qaeda é morto por drone no Iêmen
Ataques – As mortes ocorreram em uma emboscada armada pelos combatentes da Al Qaeda durante a ofensiva do Exército contra a organização. Insurgentes atacaram um comboio militar perto da cidade de Azzan e o confronto resultou na morte de quinze militares e doze terroristas, segundo o governo. Outros três soldados morreram e sete ficaram feridos em outra emboscada terrorista contra um comboio de sete veículos militares perto de Lahmar, uma localidade da província de Abyan. De acordo com o presidente Hadi, o número de insurgentes mortos na ofensiva pode chegar a trinta.
Saiba mais: Iêmen é uma porta escancarada para atuação da Al Qaeda
Histórico – A Al Qaeda na Península Arábica surgiu em 2009, depois da fusão entre a Al Qaeda da Arábia Saudita e a do Iêmen, mas já operava nos dois países desde a década de 1990. Atualmente, ela é, de fato, a maior franquia da Al Qaeda. Mesmo quando Osama bin Laden ainda era vivo, a franquia da rede na Península Arábica já vinha liderando discussões ideológicas e táticas à frente até mesmo do próprio "núcleo" da organização.
Seu ataque mais importante ocorreu pouco menos de um ano antes do atentado às Torres Gêmeas, em 2001. Um bote com explosivos foi conduzido por membros da Al Qaeda até o navio americano USS Cole, que estava no porto de Aden, no Iêmen, matando 17 marinheiros, em outubro de 2000.
(Com agências EFE, Estadão Conteúdo e France-Presse)

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