Pular para o conteúdo principal

Itália vai abrir arquivos secretos dos 'anos de chumbo'

Documentos secretos sobre atos terroristas entre os anos 60 e 80 serão divulgados; para premiê Matteo Renzi, ação ‘é um dever’ do Estado

 
 
(Atualizada às 22h30) ROMA - O governo da Itália anunciou nesta terça-feira, 22, que abrirá os arquivos secretos com documentos sobre os atentados terroristas cometidos entre os anos 60 e 80, período conhecido como "anos de chumbo".
Premiê classificou como 'dever do Estado' divulgar informações - EFE
EFE
Premiê classificou como 'dever do Estado' divulgar informações
O grupo de extrema esquerda Brigadas Vermelhas, grupos neofascistas, figuras sombrias do serviço secreto e a máfia estiveram envolvidos em atos de violência, como ataque a bomba de 1969 à Piazza Fontana, em Milão, e o ataque à principal estação ferroviária de Bolonha, em 1980.
Dezenas de pessoas foram mortas e outras centenas ficaram feridas, mas grande parte dos atentados, que ocorreram durante um período da Guerra Fria de extrema tensão política, permanece sem solução, apesar de anos de investigação.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse em um comunicado que considerou a decisão de revelar os documentos "um dever para com os cidadãos e os parentes das vítimas de episódios que permanecem como uma mancha obscura em nossa memória."
Renzi afirmou que os documentos sobre os ataques com bombas na Piazza Fontana e em Bolonha, a queda misteriosa de um avião DC-9 em Ustica, perto da Sicília, em 1980, e outros atentados nos anos 70 e 80 serão abertos ao público.
Violência. O ataque à Piazza Fontana ocorreu em 12 de dezembro de 1969. Uma bomba explodiu na sede do Banco Nacional da Agricultura, deixando 17 mortos e 88 feridos. Na Estação Central de Bolonha, em 2 de agosto de 1980, uma bomba explodiu deixando 85 mortos e mais de 200 feridos. Os documentos começarão a ser divulgados pelos mais antigos dos arquivos do Estado. / REUTERS


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular