Governo venezuelano pede apoio a empresários
Fedecámaras, uma das principais entidades patronais do país, elogia ‘tom respeitoso’ de Maduro e qualifica como ‘excelente’ a primeira fase do diálogo
CARACAS - Horas antes de Nicolás Maduro detalhar sua "ofensiva econômica", integrantes do governo venezuelano se reuniram na quarta-feira, 23, com empresários para pedir apoio à iniciativa contra o desabastecimento. A ofensiva para combater a crise econômica foi anunciada no dia 16 pelo presidente com o objetivo de aumentar a produção e o crescimento, garantir o abastecimento pleno e estimular a adoção de preços justos.
Após a reunião de quarta, batizada de Conferência Econômica pela Paz, Maduro afirmou que a segunda fase da ofensiva econômica será focada em produção, abastecimento e "preços justos". Nesta quinta-feira, 24, no Diário Oficial, será publicada uma lista de 50 produtos que devem obedecer a um "equilíbrio de abastecimento" e ao "mecanismo oficial de fixação de preços". O presidente anunciou ainda que pagará 30% da dívida do Estado com setores privados "prioritários". Ele disse ainda que chegou a um acordo com as montadoras Toyota, Mitsubishi e Chrysler para estabelecer um novo preço para os carros.
Na terça-feira, Maduro havia antecipado que o governo continuará com as inspeções de comércio para fazer valer a lei do "preço justo" a partir de sexta-feira. A perspectiva de novas "fiscalizações" despertou a preocupação do Conselho Nacional do Comércio e Serviços, que pediu ao governo esclarecimento sobre as regras antes de começar a aplicar multas e fechar estabelecimentos.
Na quarta-feira, no entanto, o empresário Jorge Roig, presidente da Fedecámaras (federação de comércio na Venezuela), qualificou de "excelente" a rodada de diálogo com o governo. Demonstrando um surpreendente otimismo, ele elogiou o "tom respeitoso" de Maduro com os empresários.
No dia 27 de fevereiro, Maduro lançou um diálogo nacional de paz com diferentes setores, incluindo a iniciativa privada. Um inédito encontro com dirigentes das cúpulas empresariais foi realizado no Palácio de Miraflores. Depois de meses de ataques mútuos, governo e empresários moderaram o tom nas últimas semanas e realizaram reuniões públicas e privadas.
Chamado pelo governo de Plano para o Abastecimento Pleno, a nova estratégia, segundo Maduro, tem características diferentes das ações implementadas em novembro, quando o governo congelou o valor dos aluguéis comerciais, ordenou a prisão de comerciantes que remarcassem ou cobrassem "preços injustos" e criou um órgão estatal para conter a valorização do dólar. O combate ao que o presidente chama de guerra econômica será, segundo ele, a ação mais importante de seu governo neste ano. / REUTERS e AFP
/EFE
Nicolás Maduro participou de reunião com empresários na quarta-feira, 23, em Caracas
Na terça-feira, Maduro havia antecipado que o governo continuará com as inspeções de comércio para fazer valer a lei do "preço justo" a partir de sexta-feira. A perspectiva de novas "fiscalizações" despertou a preocupação do Conselho Nacional do Comércio e Serviços, que pediu ao governo esclarecimento sobre as regras antes de começar a aplicar multas e fechar estabelecimentos.
Na quarta-feira, no entanto, o empresário Jorge Roig, presidente da Fedecámaras (federação de comércio na Venezuela), qualificou de "excelente" a rodada de diálogo com o governo. Demonstrando um surpreendente otimismo, ele elogiou o "tom respeitoso" de Maduro com os empresários.
No dia 27 de fevereiro, Maduro lançou um diálogo nacional de paz com diferentes setores, incluindo a iniciativa privada. Um inédito encontro com dirigentes das cúpulas empresariais foi realizado no Palácio de Miraflores. Depois de meses de ataques mútuos, governo e empresários moderaram o tom nas últimas semanas e realizaram reuniões públicas e privadas.
Chamado pelo governo de Plano para o Abastecimento Pleno, a nova estratégia, segundo Maduro, tem características diferentes das ações implementadas em novembro, quando o governo congelou o valor dos aluguéis comerciais, ordenou a prisão de comerciantes que remarcassem ou cobrassem "preços injustos" e criou um órgão estatal para conter a valorização do dólar. O combate ao que o presidente chama de guerra econômica será, segundo ele, a ação mais importante de seu governo neste ano. / REUTERS e AFP
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