EUA anunciam novas sanções contra a Rússia
Lista inclui cidadãos e empresas próximos ao presidente Vladimir Putin
Militante pró-Rússia entrega arma para garoto ser fotografado pelo pai em frente a prédio público invadido em Kostyantynivka, no leste da Ucrânia (Reuters)
Os Departamentos de Estado e de Comércio anunciaram ainda uma nova política que proíbe a apresentação de pedidos de licença para exportação de itens de alta tecnologia que possam contribuir para aumentar a capacidade militar da Rússia, informou o jornal The New York Times. As licenças atualmente em vigor serão revogadas.
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Oleg Belavantsev, nomeado no mês passado por Putin como enviado presidencial para supervisionar a anexação da península ucraniana da Crimeia, Sergei V. chemezov, diretor-geral da Rostec, estatal que supervisiona indústrias de alta tecnologia, e o general Evgeny Murov, diretor do Serviço Federal de Proteção, também estão na lista dos que terão viagens restritas e ativos congelados pela administração Obama, segundo o NYT.
Tanto os EUA como a União Europeia anunciaram sanções contra a Rússia em várias ocasiões, em uma tentativa de conter o ímpeto de Putin em abocanhar parte do território ucraniano. As medidas, no entanto, mostraram-se infrutíferas.
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Em comunicado divulgado nesta segunda, a Casa Branca afirmou que as novas sanções são uma resposta à “intervenção ilegal da Rússia na Ucrânia e aos atos provocativos que prejudicam a democracia ucraniana e ameaçam a paz, a segurança, a estabilidade, a soberania e a integridade territorial”. “Os Estados Unidos, trabalhando em estreita colaboração com seus parceiros, continua preparado para impor custos ainda maiores à Rússia se o país continuar com essas provocações em vez de reduzir as tensões”.
Atentado – O anúncio é feito depois de o prefeito da cidade ucraniana de Carcóvia, Gennady Kernes, ter sido baleado nesta segunda-feira. Ele está em condição crítica no hospital. O político apoiava o presidente destituído Viktor Yanukovich, mas retirou o apoio e passou a defender uma Ucrânia unida.
Figura controversa na Ucrânia, segundo a rede britânica BBC, Kernes é um rico empresário que já foi acusado de iniciar sua carreira como chefe do crime organizado – o que ele nega, apesar de admitir que já foi preso por fraude, uma acusação “em parte fabricada” por seus inimigos, como alega.
Grupos separatistas pró-Moscou ocuparam um prédio da administração local em Kostyantynivka, no sul da Ucrânia. Em Sloviansk, cerca de quarenta pessoas ainda são mantidas reféns, incluindo jornalistas, ativistas pró-Kiev e observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).
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