Pular para o conteúdo principal

EUA anunciam novas sanções contra a Rússia

Lista inclui cidadãos e empresas próximos ao presidente Vladimir Putin

Militante pró-Rússia entrega arma para garoto ser fotografado pelo pai em frente a prédio público invadido em Kostyantynivka, no leste da Ucrânia
Militante pró-Rússia entrega arma para garoto ser fotografado pelo pai em frente a prédio público invadido em Kostyantynivka, no leste da Ucrânia (Reuters)
O governo americano anunciou nesta segunda-feira novas sanções contra sete cidadãos russos e dezessete empresas próximas do presidente Vladimir Putin, em mais uma tentativa de responder às ações da Rússia na Ucrânia. Entre os atingidos pelas medidas estão Igor Sechin, presidente da gigante estatal petrolífera Rosneft e conselheiro de Putin, Dmitry N. Kozak, vice-primeiro-ministro, e Alexei Pushkov, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Parlamento. A lista de empresas que terão ativos congelados inclui vários bancos e companhias energéticas. As sanções incluem também restrições a outras treze empresas que importam produtos fabricados nos Estados Unidos.
Os Departamentos de Estado e de Comércio anunciaram ainda uma nova política que proíbe a apresentação de pedidos de licença para exportação de itens de alta tecnologia que possam contribuir para aumentar a capacidade militar da Rússia, informou o jornal The New York Times. As licenças atualmente em vigor serão revogadas.
Leia mais:
Pentágono: caças russos violaram espaço aéreo ucraniano
Rússia quer III Guerra Mundial, acusa premiê da Ucrânia
Sanções contra a Rússia podem respingar em Miley Cyrus

Oleg Belavantsev, nomeado no mês passado por Putin como enviado presidencial para supervisionar a anexação da península ucraniana da Crimeia, Sergei V. chemezov, diretor-geral da Rostec, estatal que supervisiona indústrias de alta tecnologia, e o general Evgeny Murov, diretor do Serviço Federal de Proteção, também estão na lista dos que terão viagens restritas e ativos congelados pela administração Obama, segundo o NYT.
Tanto os EUA como a União Europeia anunciaram sanções contra a Rússia em várias ocasiões, em uma tentativa de conter o ímpeto de Putin em abocanhar parte do território ucraniano. As medidas, no entanto, mostraram-se infrutíferas.
Leia também
Militantes pró-Rússia libertam militar sueco na Ucrânia
Militares europeus retidos em Slaviansk dizem que 'não são prisioneiros'
G7 anuncia novas sanções contra a Rússia

Em comunicado divulgado nesta segunda, a Casa Branca afirmou que as novas sanções são uma resposta à “intervenção ilegal da Rússia na Ucrânia e aos atos provocativos que prejudicam a democracia ucraniana e ameaçam a paz, a segurança, a estabilidade, a soberania e a integridade territorial”. “Os Estados Unidos, trabalhando em estreita colaboração com seus parceiros, continua preparado para impor custos ainda maiores à Rússia se o país continuar com essas provocações em vez de reduzir as tensões”.
Atentado – O anúncio é feito depois de o prefeito da cidade ucraniana de Carcóvia, Gennady Kernes, ter sido baleado nesta segunda-feira. Ele está em condição crítica no hospital. O político apoiava o presidente destituído Viktor Yanukovich, mas retirou o apoio e passou a defender uma Ucrânia unida.
Figura controversa na Ucrânia, segundo a rede britânica BBC, Kernes é um rico empresário que já foi acusado de iniciar sua carreira como chefe do crime organizado – o que ele nega, apesar de admitir que já foi preso por fraude, uma acusação “em parte fabricada” por seus inimigos, como alega.
Grupos separatistas pró-Moscou ocuparam um prédio da administração local em Kostyantynivka, no sul da Ucrânia. Em Sloviansk, cerca de quarenta pessoas ainda são mantidas reféns, incluindo jornalistas, ativistas pró-Kiev e observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).
Entenda a atual situação dos conflitos nas cidades ao leste da Ucrânia:

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular