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Otan enviará mais tropas aos países membros da aliança

As novas medidas militares foram aprovadas após um encontro na Bélgica para discutir a considerável escalada de tensão nas cidades ao leste da Ucrânia

Soldado da Otan monta guarda na base aérea de Geilenkirchen, na Alemanha
Soldado da Otan monta guarda na base aérea de Geilenkirchen, na Alemanha (Francois Lenoir/Reuters)
A Otan aprovou nesta quarta-feira o envio de mais tropas para todos os países membros da aliança militar do Ocidente. A decisão foi tomada após uma reunião em que foi discutida a escalada da tensão nas cidades localizadas ao leste da Ucrânia. A aliança teme que uma possível invasão russa ao território ucraniano possa colocar em perigo a soberania de outros países da região. “Teremos mais aviões, mais navios e mais homens de prontidão”, disse o secretário geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, após o encontro realizado em Bruxelas, capital da Bélgica. “Nossas decisões são todas voltadas para a defesa, dissuasão e controle da situação. Todas elas estão alinhadas com os nossos compromissos internacionais”, acrescentou.
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As novas medidas militares seguem uma série de alertas emitidos pela Otan contra o avanço das tropas russas na região. A aliança acredita que Moscou deslocou 40.000 soldados para a região fronteiriça ao leste ucraniano, o que garantiria uma incursão militar no país em até cinco dias. Posteriormente, a Otan divulgou fotos de bases russas com caças e peças de artilharia, que garantiriam suporte durante uma invasão por terra. Com o aparato, os russos cumpririam seus objetivos na região em apenas doze horas. “Nossas decisões enviam uma mensagem clara que a Otan protegerá todos os seus aliados e os defenderá de qualquer ameaça imposta à sua segurança fundamental. Este é o nosso principal comprometimento”, pontuou Rasmussen.

O secretário-geral da Otan, no entanto, destacou que apoia de forma irrestrita as negociações que acontecerão nesta quinta-feira entre o secretário de estado americano, John Kerry, os chanceleres da Rússia e Ucrânia e a chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton. Embora as partes tenham se comprometido a discutir diplomaticamente a crise, os discursos adotados por todos os lados envolvidos mostram que dificilmente alguma decisão concreta será alcançada em comum acordo na cidade suíça de Genebra.
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O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que os Estados Unidos consideram “apropriada” a resposta militar ucraniana à invasão de prédios públicos por militantes pró-Moscou. A agência de notícias Associated Press reportou que Washington também cogita fornecer ajuda não letal à Ucrânia, incluindo suprimentos médicos e roupas, mas que interromperá o envio equipamentos militares ao país, como coletes à prova de bala.

De acordo com o jornal The Guardian, os Estados Unidos não hesitarão em aplicar novas sanções econômicas contra a Rússia se não houver um recuo na desafiadora postura adotada após a deposição do presidente Viktor Yanukovich e a anexação da península da Crimeia. Em resposta aos comentários de Carney, o ministério das Relações Exteriores russo emitiu uma nota alertando Washington que o “apoio irrestrito” a Kiev trará “consequências catastróficas”. Moscou destacou ainda que qualquer ofensiva de Kiev contra os militantes pró-Rússia será caracterizada como uma “guerra contra a própria população ucraniana”.

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