Pular para o conteúdo principal

UE está dividida sobre embargo de armas para a Síria

 

A União Europeia (UE) continuava dividida nesta segunda-feira sobre a possibilidade de aliviar as sanções contra a Síria para permitir que carregamentos de armas sejam enviados para os rebeldes que combatem o regime do presidente Bashar Assad.



O Reino Unido é o país que defende mais abertamente o relaxamento do embargo de armas, mas enfrenta a oposição de alguns membros do bloco que acreditam que mais armas aumentarão as mortes, além de prejudicar a reputação da UE como agente da paz.

O ministro de Relações Exteriores da Áustria, Michael Spindelegger, cujo país se opõe ao envio de armas para os rebeldes, disse nesta segunda-feira que, se não houver um acordo, o embargo de armas vai ruir.

"As posições estão muito distantes", disse o ministro de Relações Exteriores Guido Westerwelle. Segundo ele, não está claro se os ministros de Relações Exteriores da UE, reunidos em Bruxelas, chegarão a um acordo sobre a questão.

Assad tem usado armamento pesado contra facções rebeldes que possuem armas leves. Mais de 70 mil pessoas já morreram deste o início do levante contra o regime de Assad, em março de 2011. Os dois lados concordaram, em princípio, com a realização de conversações diretas, programadas para acontecer em Genebra em junho.

A data, agenda e lista de participantes da conferência ainda não foram definidos e ainda há grandes disparidades sobre os objetivos do evento.

Vários países dizem que armar a oposição criará condições que forçarão Assad a negociar uma solução. "É importante mostrar que estamos preparados para alterar nosso embargo de armas para que o regime de Assad receba um sinal claro de que tem de negociar seriamente", afirmou o secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague.

"Nós acabamos de receber o Prêmio Nobel da Paz e agora vamos na direção de nos envolvermos diretamente num conflito internacional com o envio de armas. Eu acho que isso está errado", declarou o ministro austríaco Michael Spindelegger.

Qualquer decisão vai exigir unanimidade entre os 27 membros da UE, mas não chegar a uma decisão vai deixar abertas opções para os países-membros e mostrar a profunda divisão do bloco para o mundo.

Além da questão moral de fornecer armas para uma guerra civil, há também os temores de que o envio de armamentos para a oposição abriria o caminho para que grupos extremistas e terroristas tomem parte das armas que seriam, então, usadas contra a UE

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular