Economia brasileira cresce 0,6% no primeiro trimestre do ano
Crescimento foi puxado pelo setor agropecuário, que cresceu 9,7%, segundo o IBGE; desempenho ficou abaixo da expectativa do mercado
Texto atualizado às 10h47
Depois do "pibinho" de 2012, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano foi de 0,6% na comparação com o último trimestre de 2012. O dado foi divulgado nesta quarta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número ficou abaixo da mediana das projeções do mercado (AE Projeções), de 0,90%, e dentro das estimativas dos analistas, que iam de alta de 0,55% a 1,20%.
O resultado de 0,6% representa uma taxa anualizada da ordem de 2,4%, número abaixo do crescimento da economia em 2011, quando foi 2,7% - o melhor desempenho do governo Dilma Rousseff até agora. O "pibinho" de 2012 foi o crescimento de 0,9%.
O desempenho trimestral foi puxado pelo setor de agropecuária, que avançou 9,7% na comparação com o último trimestre de 2012. No mesmo período, o setor de serviços cresceu 0,5% e a indústria caiu 0,3%.
Em valores correntes, o PIB do primeiro trimestre deste ano somou R$ 1,110 trilhão.
No acumulado dos quatro últimos trimestres, o PIB registrou crescimento de 1,2%, segundo o IBGE.
Comparação anual
O PIB brasileiro cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2012, segundo o IBGE.
A agropecuária cresceu 17% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2012. Já o PIB da indústria caiu 1,4% no primeiro trimestre deste ano na comparação anual. O setor de serviços teve crescimento de 1,9% na mesma base de comparação.
Investimentos
O investimento, dado pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), subiu 4,6% no primeiro trimestre contra o quarto trimestre de 2012. Foi o maior número desde o primeiro trimestre de 2010, quando foi 4,7%.
Na comparação anual, a FBCF cresceu 3% - foi o maior crescimento desde o segundo trimestre de 2010, quando foi de 6,2%, na mesma base de comparação.
Segundo o IBGE, a taxa de investimento (FBCF/PIB) no primeiro trimestre de 2013 foi de 18,4%.
Exportações e importações
As Contas Nacionais Trimestrais revelaram que as exportações caíram 6,4% na comparação com os últimos três meses de 2012. Já ante igual período do ano passado, a queda foi de 5,7%.
Já as importações subiram 6,3% na comparação trimestral e 7,4% na anual.
Consumo
No primeiro trimestre ante o quarto trimestre de 2012, houve alta de 0,1% no consumo das famílias. A alta foi de 2,1% no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2012.
O consumo do governo, por sua vez, ficou estável no primeiro trimestre ante o quarto trimestre de 2012 e teve alta de 1,6% no primeiro trimestre ante igual período de 2012.
Revisão
O IBGE revisou a variação do PIB do terceiro trimestre de 2012 ante o segundo trimestre do mesmo ano, de 0,4% para 0,3%.
Mantega cauteloso
Após a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do PIB, no dia 16 de maio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi cauteloso e evitou fazer previsões. Na ocasião, Mantega comentou que era melhor "esperar o dado concreto. Então, não vamos nos antecipar. Vamos esperar o final do mês para ver o dado concreto". O IBC-Br subiu 1,05% no primeiro trimestre de 2013 em relação aos três últimos meses de 2012, no dado com ajuste sazonal.
A postura mais cautelosa do ministro da Fazenda neste ano difere do ano passado. Em junho de 2012, depois que o banco Credit Suisse cortou a projeção de crescimento do PIB brasileiro de 2012 para 1,5%, Mantega chegou a comentar: "É uma piada. Vai ser muito mais que isso". O resultado final veio abaixo - o chamado "pibinho" - e o Brasil cresceu 0,9% em 2012, o pior desempenho desde o pico da crise, em 2009, quando encolheu 0,3%.
Expectativa para o ano
A expectativa é que a economia brasileira volte a crescer com mais força neste ano, impulsionada por uma safra recorde de grãos e pela retomada da indústria e dos investimentos. A maioria dos economistas projeta avanço de 3% do PIB, embora existam apostas de até 4%.
Nesta semana, fontes da equipe econômica de Dilma Rousseff disseram que circula internamente no governo a meta de que o País precisa crescer pelo menos 2,7% neste ano. O número representa o melhor desempenho do crescimento do Brasil no governo Dilma, em 2011.
Na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, o mercado financeiro revisou o número para baixo mais uma vez, de 2,98% para 2,93% .
Já na semana passada, a Organização das Nações Unidas (ONU) rebaixou a projeção de crescimento para o Brasil em 2013 para 3%. Em janeiro, quando a ONU divulgou as estimativas iniciais para o ano, esse número era 4%. O Brasil foi o país com a maior revisão para baixo nas projeções, de acordo com o relatório "Situação Econômica Mundial e Perspectivas".
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O número ficou abaixo da mediana das projeções do mercado (AE Projeções), de 0,90%, e dentro das estimativas dos analistas, que iam de alta de 0,55% a 1,20%.
O resultado de 0,6% representa uma taxa anualizada da ordem de 2,4%, número abaixo do crescimento da economia em 2011, quando foi 2,7% - o melhor desempenho do governo Dilma Rousseff até agora. O "pibinho" de 2012 foi o crescimento de 0,9%.
O desempenho trimestral foi puxado pelo setor de agropecuária, que avançou 9,7% na comparação com o último trimestre de 2012. No mesmo período, o setor de serviços cresceu 0,5% e a indústria caiu 0,3%.
Em valores correntes, o PIB do primeiro trimestre deste ano somou R$ 1,110 trilhão.
No acumulado dos quatro últimos trimestres, o PIB registrou crescimento de 1,2%, segundo o IBGE.
Comparação anual
O PIB brasileiro cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2012, segundo o IBGE.
A agropecuária cresceu 17% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2012. Já o PIB da indústria caiu 1,4% no primeiro trimestre deste ano na comparação anual. O setor de serviços teve crescimento de 1,9% na mesma base de comparação.
Investimentos
O investimento, dado pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), subiu 4,6% no primeiro trimestre contra o quarto trimestre de 2012. Foi o maior número desde o primeiro trimestre de 2010, quando foi 4,7%.
Na comparação anual, a FBCF cresceu 3% - foi o maior crescimento desde o segundo trimestre de 2010, quando foi de 6,2%, na mesma base de comparação.
Segundo o IBGE, a taxa de investimento (FBCF/PIB) no primeiro trimestre de 2013 foi de 18,4%.
Exportações e importações
As Contas Nacionais Trimestrais revelaram que as exportações caíram 6,4% na comparação com os últimos três meses de 2012. Já ante igual período do ano passado, a queda foi de 5,7%.
Já as importações subiram 6,3% na comparação trimestral e 7,4% na anual.
Consumo
No primeiro trimestre ante o quarto trimestre de 2012, houve alta de 0,1% no consumo das famílias. A alta foi de 2,1% no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2012.
O consumo do governo, por sua vez, ficou estável no primeiro trimestre ante o quarto trimestre de 2012 e teve alta de 1,6% no primeiro trimestre ante igual período de 2012.
Revisão
O IBGE revisou a variação do PIB do terceiro trimestre de 2012 ante o segundo trimestre do mesmo ano, de 0,4% para 0,3%.
Mantega cauteloso
Após a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do PIB, no dia 16 de maio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi cauteloso e evitou fazer previsões. Na ocasião, Mantega comentou que era melhor "esperar o dado concreto. Então, não vamos nos antecipar. Vamos esperar o final do mês para ver o dado concreto". O IBC-Br subiu 1,05% no primeiro trimestre de 2013 em relação aos três últimos meses de 2012, no dado com ajuste sazonal.
A postura mais cautelosa do ministro da Fazenda neste ano difere do ano passado. Em junho de 2012, depois que o banco Credit Suisse cortou a projeção de crescimento do PIB brasileiro de 2012 para 1,5%, Mantega chegou a comentar: "É uma piada. Vai ser muito mais que isso". O resultado final veio abaixo - o chamado "pibinho" - e o Brasil cresceu 0,9% em 2012, o pior desempenho desde o pico da crise, em 2009, quando encolheu 0,3%.
Expectativa para o ano
A expectativa é que a economia brasileira volte a crescer com mais força neste ano, impulsionada por uma safra recorde de grãos e pela retomada da indústria e dos investimentos. A maioria dos economistas projeta avanço de 3% do PIB, embora existam apostas de até 4%.
Nesta semana, fontes da equipe econômica de Dilma Rousseff disseram que circula internamente no governo a meta de que o País precisa crescer pelo menos 2,7% neste ano. O número representa o melhor desempenho do crescimento do Brasil no governo Dilma, em 2011.
Na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, o mercado financeiro revisou o número para baixo mais uma vez, de 2,98% para 2,93% .
Já na semana passada, a Organização das Nações Unidas (ONU) rebaixou a projeção de crescimento para o Brasil em 2013 para 3%. Em janeiro, quando a ONU divulgou as estimativas iniciais para o ano, esse número era 4%. O Brasil foi o país com a maior revisão para baixo nas projeções, de acordo com o relatório "Situação Econômica Mundial e Perspectivas".
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