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EUA, Rússia e ONU se reúnem no próximo dia 5 para discutir conferência sobre Síria


Enquanto as potências planejam grande encontro para meados de junho, oposição síria considera a saída de Assad como precondição para debate


Ativista sírio durante manifestação contra a participação do Hezbollah, grupo armado libanês, na guerra civil na Síria, ao lado das tropas do ditador Bashar al Assad
Ativista sírio durante manifestação contra a participação do Hezbollah, grupo armado libanês, na guerra civil na Síria, ao lado das tropas do ditador Bashar Assad

Uma reunião preparatória para uma conferência sobre a Síria será realizada no dia 5 de junho, em Genebra, de acordo com um comunicado da ONU divulgado na noite desta quinta-feira. "Podemos confirmar que em 5 de junho, representantes dos EUA, da Rússia e das Nações Unidas terão uma reunião tripartite em Genebra, dedicada à preparação da Conferência Internacional sobre a Síria", diz o texto.





Entenda o caso


  1. • Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
  3. • Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
  4. • Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.

No encontro, a ONU será representada pelo enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, e pelo secretário-geral adjunto da ONU, Jeffrey Feltman, encarregado dos assuntos políticos. Ainda não há informações sobre os representantes dos Estados Unidos e da Rússia.


A iniciativa de uma nova conferência internacional sobre a crise síria, com representantes do governo e da oposição sírios, foi lançada no início de maio pelo secretário de Estado americano, John Kerry, e pelo chanceler russo, Serguei Lavrov. Na reunião, Washington e Moscou esperam detalhar o acordo já concluído entre as grandes potências em Genebra em 30 de junho de 2012, durante a primeira conferência internacional sobre a Síria.

O acordo não especifica o destino do ditador sírio, Bashar Assad, enquanto a oposição síria continua a considerar sua saída como precondição para qualquer debate sobre o futuro do país. A conferência "Genebra 2" ainda não foi confirmada oficialmente mas a expectativa é que aconteça em 10 ou 11 de junho.


Entrevista - Bashar Assad assegurou nesta quinta-feira que não renunciará a seus poderes, como exige a oposição, e que se o povo desejar se apresentará à reeleição em 2014. Em entrevista transmitida pela TV libanesa Al- Manar, Assad rejeitou a exigência da oposição de "um governo interino com um presidente que não desempenhe nenhum papel no governo".

Segundo o presidente, o encontro planejado pelas potências tem "uma grande probabilidade de fracassar". "O fracasso da conferência não mudará muito a situação dentro da Síria, já que os bandos não cessarão sua sabotagem", acrescentou, ressaltando que a guerra acontece para salvaguardar a nação, e não seu cargo. "Derrotamos os rebeldes, por uma parte, e pela outra, porque eles não souberam estimar bem a situação, fazendo com que a balança se inclinasse a favor das Forças Armadas", declarou.

Sobre o envolvimento do grupo libanês Hezbollah no conflito, assegurou que os milicianos desse movimento terrorista não estão ali para defender o regime sírio, mas para lutar contra "o inimigo e seus agentes na Síria e no Líbano". Nesse sentido, também afirmou que os combates na cidade de Al Qusair - alvo de uma ofensiva do regime e do Hezbollah - estão "relacionados com Israel, cujo objetivo é sufocar a resistência por terra e mar".

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