Oposição síria condiciona presença em conferência de paz à saída de Assad
Coalizão pede um prazo, com garantias internacionais, para saída do presidente
ISTAMBUL - A oposição síria disse nesta
quarta-feira, 29, que só vai participar da conferência de paz programada para
ocorrer em Genebra no mês de junho se for estabelecido um prazo, com garantias
internacionais, para a saída do presidente Bashar Assad.
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Na primeira reação oficial sobre a conferência, que está sendo preparada por
Estados Unidos e Rússia, a Coalizão Nacional Síria votou pela adoção de uma
declaração, à qual a Reuters teve acesso, na qual diz estar
comprometida com a intenção de retirar Assad e suas autoridades mais graduadas
do poder. A declaração, emitida no fim de sete dias de reuniões marcadas por
disputas internas, exige "a remoção do cabeça do regime e do comando militar e
de segurança."Brasil tenta amenizar críticas ao regime sírio em massacre de Qusayr
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As discussões em Istambul, na Turquia, foram marcadas por discordâncias dentro da coalizão a respeito de sua própria ampliação e da nomeação de uma nova liderança. A falta de unidade ameaça privar a aliança, dominada por grupos islâmicos, de apoio internacional.
Os 60 grupos que integram a coalizão até agora não chegaram a um acordo sobre um envolvimento mais amplo do bloco liberal da oposição, o que agradaria a governos árabes e ocidentais interessados em reduzir a influência islâmica na coalizão oposicionista.
Novos sinais de discordância entre os rebeldes surgiram nesta quarta-feira, 29, quando grupos de oposição dentro da Síria acusaram oposicionistas no exílio de prejudicarem a rebelião e de carecerem de legitimidade. Quatro grupos oposicionistas divulgaram nota criticando a "discórdia em curso" entre os exilados e dizendo que pelo menos metade da liderança da coalizão deveria ser composta por "forças revolucionárias".
Diplomatas dizem que a conferência de Genebra pode acontecer em meados de junho, mas funcionários governamentais no Oriente Médio afirmam que ela poderá ser adiada para julho. O governo sírio diz que não vai impor pré-condições à sua realização, mas que ainda não decidiu quem será seu representante.
Confrontos. Com apoio do grupo xiita libanês Hezbollah, que segundo a inteligência francesa teria fornecido 4 mil combatentes, o Exército de Assad está lutando para desalojar rebeldes de um reduto na fronteira libanesa. Suas tropas já obrigaram os rebeldes a recuar na província de Deraa (sul) e recapturaram algumas áreas próximas à periferia leste de Damasco, consolidando seu controle desde a capital até os bolsões litorâneos da minoria alauíta. Nesta quarta-feira, a TV estatal disse que as forças do governo capturaram uma base aérea próxima à cidade de Qusayr.
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