Pular para o conteúdo principal

Dólar e juros abrem o dia em alta, mesmo após aumento do juro






O dólar abriu o dia em alta, cotado a R$ 2,1250 (+0,71%) no balcão – esta é a cotação mais alta registrada no pregão intradiário desde 3 de dezembro de 2012, quando a moeda subiu até a R$ 2,1350. Às 9h26, a moeda à vista testou uma mínima, a R$ 2,1220 (+0,57%).
A expectativa dos operadores de câmbio é de que a disputa em torno da definição da taxa Ptax de fim de maio deve manter a moeda norte-americana pressionada até o início da tarde. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse ontem que a elevação da taxa Selic em 0,50 pp, para 8% ao ano, na última quarta-feira deve reforçar os fundamentos do País e que o BC está observando a volatilidade do câmbio. Contudo, nas mesas de câmbio, os operadores acreditam que a autoridade monetária só tende a intervir após a definição da taxa Ptax, que será anunciada depois das 13 horas.
Tombini ressaltou ontem que temos um movimento internacional de valorização do dólar nas últimas semanas. “Vamos acompanha-lo para ver onde se estabiliza. O câmbio é flexível, vai refletir os fundamentos da economia”, declarou. O presidente do BC reafirmou ainda que “o Banco Central intervirá sempre que necessário para reduzir a volatilidade”.
A ausência da autoridade monetária no mercado de câmbio nesta última semana de maio já era esperada por operadores do mercado desde a semana passada, em razão de fatores técnicos de fim de mês e da valorização recente da moeda dos EUA no exterior.
Na quarta-feira à noite, o Copom elevou a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 8% ao ano. Antes dessa decisão, os investidores chegaram a se posicionar para uma alta menor da Selic (0,25 pp), após o fraco crescimento de 0,6% do Produto interno Bruto do País nos três primeiros meses deste ano, o que provocou queda dos juros futuros e o salto do dólar à vista para R$ 2,11 na sessão anterior.
Juros
Os juros futuros também abriram em forte alta, com os investidores refletindo a postura mais dura do Banco Central em relação à inflação. Mas ao confirmar em ação o discurso “hawkish” adotado há 15 dias, o BC consegui o movimento esperado para a curva de juros, qual seja, uma elevação das taxas mais curtas acima do que na ponta mais longa. Isso indica que os investidores acreditam em aperto monetário mais intenso agora, com recuo da inflação na frente. As apostas indicam que o ciclo de alta da Selic pode levar a taxa básica para 8,75% ou 9,00% no fim de 2014.
Às 9h45, o contrato de DI futuro para julho de 2013 subia a 7,72%, de 7,55% do ajuste de quarta-feira. O DI para janeiro de 2014 avançava para 8,38%, de 8,06% na quarta-feira, enquanto para janeiro de 2015 atingia 8,77%, de 8,52% antes do feriado. O DI para janeiro de 2017 chegou à máxima do dia, a 9,50%, de 9,38% na quarta-feira.
Como o aperto mais acentuado da Selic agora deve fazer com que as expectativas para a inflação dos próximos anos aponte para um patamar mais ameno daqui para frente, as taxas curtas sobem mais. Enquanto o janeiro 14 sobe 32 pontos, o janeiro 17 sobe 12 pontos. Essa é a resposta desejada pelo BC ao atuar de forma mais dura na noite de quarta-feira, optando pela aceleração do ritmo de alta da taxa básica, para 0,50 ponto porcentual, o que levou a Selic para 8,0% ao ano, em decisão unânime.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular