Pular para o conteúdo principal

Terroristas de Boston planejavam explodir Nova York, diz prefeito


Dzhokhar Tsarnaev teria contado plano a policiais em interrogatório no hospital

Boston homenageia vítimas de atentado
Boston homenageia vítimas de atentado -

Dzhokhar Tsarnaev, um dos acusados do atentado em Boston, disse a investigadores que ele e seu irmão Tamerlan planejavam detonar explosivos em Times Square, afirmou nesta quinta-feira o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. “Na noite de ontem nós fomos informados pelo FBI que o agressor sobrevivente revelou que a cidade de Nova York era a próxima na lista de alvos”, disse Bloomberg. “Nós não sabemos se teríamos conseguido impedir os terroristas se eles tivessem chegado aqui vindos de Boston. Estamos agradecidos que não tivemos de descobrir a resposta para isso”.

Leia também:
Mãe de irmãos Tsarnaev diz se arrepender de ter emigrado
'Atentado em Boston mostra que Rússia e EUA devem trabalhar juntos', diz Putin
Oito teorias conspiratórias sobre o atentado de Boston


O jovem checheno de 19 anos foi capturado na última sexta-feira e desde então está hospitalizado em Boston. Mesmo se recuperando de ferimentos, ele tem respondido às perguntas dos investigadores, e já foi indiciado pelos atentados.

O chefe de polícia de Nova York, Ray Kelly, disse que os irmãos Tsarnaev planejaram o segundo ataque após o atentado a Boston, quando estavam em um carro roubado. Kelly contou que Dzhokhar inicialmente disse aos investigadores que ele e seu irmão haviam conversado sobre ir a Nova York para participar de "festas", mas acabou revelando mais tarde que pretendiam usar os explosivos que restaram do primeiro ataque. No entanto, o policial disse que a ideia ainda não estava desenvolvida, e uma outra autoridade disse à rede NBC que o plano era "no máximo uma aspiração".

Mapa com o caminho da polícia atrás dos suspeitos pelo atentado em Boston
O atentado ocorreu na segunda-feira, perto da linha de chegada da Maratona de Boston (B). Na noite de quinta, um policial foi morto em um tiroteio no MIT (1). Em seguida, um motorista foi sequestrado por dois homens armados (2). Ele foi liberado pouco depois, em um posto de gasolina (3). Imagens do suspeito número 2, Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, foram captadas por câmeras em um posto bancário (4). A polícia iniciou uma caçada pelos irmãos Tsarnaev em Watertown (5). Em uma troca de tiros, Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, foi morto. Os policiais também fizeram buscas no apartamento dos suspeitos (A).

Interrogatório - Com lesões na garganta, Dzhokhar respondeu ao interrogatório por escrito. Inicialmente, os investigadores recorreram a um princípio de exceção para não usarem o “Aviso de Miranda” no caso de Dzhokhar. Com isso, ele não teve o direito de ficar calado evitando se autoincriminar.

A decisão, amparada em uma exceção prevista nas leis antiterroristas da justiça americana, é uma tentativa de tentar obter mais informações do acusado. A exceção é aplicada quando a segurança pública está em perigo – algo que as autoridades descartaram após a detenção de Dzhokhar. Segundo autoridades americanas, os investigadores já leram os direitos do acusado, que disse não ter condições de pagar por um advogado.

Captura - Tsarnaev foi detido na sexta-feira passada e internado imediatamente no hospital Beth Israel, em Boston. Seu estado de saúde é considerado estável. Tamerlan morreu em uma troca de tiros com a polícia na noite da última quinta-feira. Os irmãos Tsarnaev são apontados como os responsáveis pelas duas explosões perto da linha de chegada da Maratona de Boston, no último dia 15. Nesta semana, uma autoridade americana disse que as bombas foram detonadas por um controle remoto de brinquedo acionado a poucas ruas do local da explosão.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular