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Chipre começa a aliviar restrições de capital

Alguns clientes estrangeiros não terão mais restrições se certas condições forem atendidas

NICÓSIA - O governo do Chipre estendeu os controles de capital que entraram em vigor no mês passado, mas também aliviou algumas restrições, em uma manobra descrita pelas autoridades como o primeiro passo essencial para restaurar a normalidade no sistema bancário do país.
A ação de estender os controles de capital e gradualmente ampliá-los para os bancos cipriotas era esperada, mas um segundo decreto do governo também define que clientes estrangeiros de bancos do exterior não terão mais restrições se certas condições forem atendidas. Elas incluem o envio de um catálogo com todos os depositantes estrangeiros do banco e a aprovação do banco central cipriota.

O governo também vai permitir que as empresas da ilha transfiram até 500 mil euros (US$ 650 mil) para fora do país sem a aprovação das autoridades. O limite anterior era de 300 mil euros. Ao mesmo tempo, as companhias poderão transferir até 300 mil euros para transações domésticas sem aprovação, que só será necessária para quantidades acima de 300 mil euros.

Além disso, a quantidade de dinheiro que as pessoas podem retirar do país aumentou para 3 mil euros por viagem, de 2 mil euros, enquanto os indivíduos podem enviar até 5 mil euros por mês para fora do país, de 2 mil euros por mês. O limite para transações com cartão de crédito, antes de 5 mil euros por mês, foi anulado. Já o limite diário de saque nos caixas eletrônicos da ilha continua sendo de 300 euros.

Desde que as restrições foram impostas no fim do mês passado para impedir uma fuga de capital dos bancos da ilha, o governo tem tomado diversos pequenos passos para aliviá-las, apesar de também sinalizar que os controles continuarão por pelo menos algumas semanas. "Esse é o primeiro passo para descongelar o mercado bancário doméstico", disse uma autoridade do Ministério de Finanças.

Sob os termos do acordo alcançado com seus credores internacionais, o Chipre concordou em implementar medidas no valor de 13 bilhões de euros para consertar suas finanças públicas e reestruturar seu setor bancário. As medidas incluem uma série de aumentos de impostos, privatizações e cortes de gastos no setor público. Ao mesmo tempo, o governo cipriota concordou em fechar os maiores bancos do país, o que vai gerar perdas aos depositantes do Banco do Chipre e do Banco Popular do Chipre.

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