Após ser detido em bafômetro, Cachoeira desabafa e se diz perseguido
Condenado a quase 40 anos de prisão, mas recorrendo em liberdade, o contraventor foi flagrado dirigindo sob efeito de álcool e acabou preso por algumas horas
Goiânia - Quebrando um silêncio de meses sem falar com a imprensa, Carlinhos
Cachoeira decidiu dar a versão dele para seu último esbarrão na lei. Flagrado
dirigindo alcoolizado a Kia Cadenza dele no final de semana, Cachoeira ficou
irritado por ter de fazer o teste do bafômetro sob o foco de uma emissora de
televisão. Com a recusa, e pelos sinais de que tinha bebido álcool, acabou preso
por algumas horas.
Investigado pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, Cachoeira foi
condenado, em dezembro passado, a 39 anos de prisão por corrupção ativa,
peculato, violação de sigilo e formação de quadrilha. Ele ficou preso
preventivamente na maior parte do curso da investigação, a partir de 29 de
fevereiro, mas foi solto em 21 de novembro, beneficiado por alvará da Justiça
Federal.
O imbróglio do flagrante foi porque o senhor se recusou a soprar o bafômetro?Não. Primeiro eu é que me ofereci para fazer o exame, depois, na delegacia, ofereci de novo. Se eu estivesse 'de fogo' não
teria feito isto, mas armaram um circo, correram com câmera e tudo para me filmar e eu não sou artista de circo nenhum, já fui exposto demais na mídia.
Então o senhor se recusou e preferiu ser preso?Quando me levaram para dentro do posto policial (BR-060, em Anápolis -GO), decidi que não era obrigado a fazer o teste na frente de televisão nenhuma, então, ser levado para a delegacia em Anápolis era melhor e lá eu poderia fazer o exame sossegado. Foi assim que eu pensei.
E isto não aconteceu por qual motivo?Quando cheguei no distrito, o delegado não deixou fazer o teste do bafômetro, alegou que tinha passado uma hora já, mas o motivo é um desentendimento de um parente dele, um radialista de Anápolis, comigo. Acabei prejudicado por isto;
E agora? O senhor vai buscar a CNH ou vai deixá-la ir direto para o Detran?"Nem sabia que era assim que acontecia, que tinha esse prazo (cinco dias úteis). Ainda não decidi, mas se for para virar
artista de circo prefiro buscar a via judicial para garantir meus direitos"
Outro Lado. Manoel Vanderick, delegado de plantão no 6º Distrito Policial de Anápolis que lavrou o auto de flagrante e estipulou a fiança de Carlinhos Cachoeira (R$ 22 mil), deu a versão dele ao Estado sobre o ocorrido. Segundo ele, assim que chegou ao DP, o empresário foi consultado sobre o teste do bafômetro: "Eu disse para ele que era a única contraprova que ele poderia produzir diante do testemunho dos policiais da PRF que o conduziram em flagrante com sinais de embriaguez e que, se o resultado do exame desse abaixo de 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões, seria classificado apenas como infração de trânsito. Mesmo assim ele preferiu não soprar naquela oportunidade".
Segundo o delegado, na sequência foi solicitada a avaliação de um médico que concluiu por "sinais de embriaguez aguda". Mas às 5h22, cerca de 30 minutos após a chegada no DP, ou seja, transcorrido quase uma hora e meia do flagrante, a esposa de Cachoeira, Andressa Mendonça, disse que ele tinha mudado de ideia e estava disposto a fazer o exame.
"Aí já era tarde demais, não seria justo porque há consenso entre os médicos de que a cada hora, uma dose de álcool é eliminada no corpo humano. Não há questão pessoal nenhuma, me embasei em testemunhas da PRF e no exame médico", justificou Manoel Vanderick.
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Carlinhos Cachoeira
O imbróglio do flagrante foi porque o senhor se recusou a soprar o bafômetro?Não. Primeiro eu é que me ofereci para fazer o exame, depois, na delegacia, ofereci de novo. Se eu estivesse 'de fogo' não
teria feito isto, mas armaram um circo, correram com câmera e tudo para me filmar e eu não sou artista de circo nenhum, já fui exposto demais na mídia.
Então o senhor se recusou e preferiu ser preso?Quando me levaram para dentro do posto policial (BR-060, em Anápolis -GO), decidi que não era obrigado a fazer o teste na frente de televisão nenhuma, então, ser levado para a delegacia em Anápolis era melhor e lá eu poderia fazer o exame sossegado. Foi assim que eu pensei.
E isto não aconteceu por qual motivo?Quando cheguei no distrito, o delegado não deixou fazer o teste do bafômetro, alegou que tinha passado uma hora já, mas o motivo é um desentendimento de um parente dele, um radialista de Anápolis, comigo. Acabei prejudicado por isto;
E agora? O senhor vai buscar a CNH ou vai deixá-la ir direto para o Detran?"Nem sabia que era assim que acontecia, que tinha esse prazo (cinco dias úteis). Ainda não decidi, mas se for para virar
artista de circo prefiro buscar a via judicial para garantir meus direitos"
Outro Lado. Manoel Vanderick, delegado de plantão no 6º Distrito Policial de Anápolis que lavrou o auto de flagrante e estipulou a fiança de Carlinhos Cachoeira (R$ 22 mil), deu a versão dele ao Estado sobre o ocorrido. Segundo ele, assim que chegou ao DP, o empresário foi consultado sobre o teste do bafômetro: "Eu disse para ele que era a única contraprova que ele poderia produzir diante do testemunho dos policiais da PRF que o conduziram em flagrante com sinais de embriaguez e que, se o resultado do exame desse abaixo de 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões, seria classificado apenas como infração de trânsito. Mesmo assim ele preferiu não soprar naquela oportunidade".
Segundo o delegado, na sequência foi solicitada a avaliação de um médico que concluiu por "sinais de embriaguez aguda". Mas às 5h22, cerca de 30 minutos após a chegada no DP, ou seja, transcorrido quase uma hora e meia do flagrante, a esposa de Cachoeira, Andressa Mendonça, disse que ele tinha mudado de ideia e estava disposto a fazer o exame.
"Aí já era tarde demais, não seria justo porque há consenso entre os médicos de que a cada hora, uma dose de álcool é eliminada no corpo humano. Não há questão pessoal nenhuma, me embasei em testemunhas da PRF e no exame médico", justificou Manoel Vanderick.
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