Ex-camelô fatura R$ 500 mil com bijuteria que custa menos de R$ 1
Há dez anos na região da Rua 25 de Março, em São Paulo, loja
vende anéis, brincos e correntes a partir de R$ 0,50
O empresário Mauro Souza gosta de
dizer que conquistou seus objetivos profissionais com suor e muito preço baixo.
Dono de uma loja de bijuterias há dez anos na região da Rua 25 de Março, em São
Paulo, ele administra um faturamento mensal de R$ 500 mil – obtido com a venda
de anéis, brincos e correntes a partir de R$ 0,50.
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“Acontece que minha loja é meio atípica. Ela já é conhecida como uma loja que tem preço bom”, conta Souza, que celebra com movimentação e giro alto os resultados da fama de barateiro que já se espalhou pela região. “Enquanto o movimento da vizinhança está meio parado, a minha loja mantém o fluxo de clientes necessário para os custos mensais. Quando o movimento está bom nas outras lojas aqui do lado, aí a minha fica excelente”, orgulha-se o empreendedor.
Souza nunca fez sequer um curso de gestão e não conhece as técnicas de
precificação desenvolvidas pelo mercado. Ele diz que aprendeu o que sabe porque
foi, durante dois anos, vendedor ambulante na mesma região – principal ponto do
varejo popular paulistano. A regra sempre foi a mesma: ficar de olho na
concorrência, negociar com firmeza com os distribuidores e espremer as margens
para entregar o produto mais em conta.::: Estadão PME nas redes sociais :::
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“Acontece que minha loja é meio atípica. Ela já é conhecida como uma loja que tem preço bom”, conta Souza, que celebra com movimentação e giro alto os resultados da fama de barateiro que já se espalhou pela região. “Enquanto o movimento da vizinhança está meio parado, a minha loja mantém o fluxo de clientes necessário para os custos mensais. Quando o movimento está bom nas outras lojas aqui do lado, aí a minha fica excelente”, orgulha-se o empreendedor.
“A maior vantagem que um comerciante tem é na negociação, é onde você realmente ganha. Você tem de brigar mais na compra do que na venda. Se não fizer uma boa compra, não vai ter um bom preço final”, ensina o empresário. Souza diz receber caravanas de Minas Gerais, do Sul, da Bahia e até de Manaus para comprar em sua loja no atacado. “Em média, as pessoas gastam uns R$ 15, R$ 20. Mas quando vem gente para comprar no atacado, vendo até R$ 4 mil, o que dá muito produto mesmo”, analisa.
Com 70 funcionários, Souza trabalha com margens brutas de 50% a 60%. Parte dos produtos ele traz da China. Outros, principalmente itens mais elaborados, são nacionais. Souza ainda destaca a importância da adoção de estratégias eficazes. “A pessoa tem de saber administrar, não é só vender. Se não souber administrar os gastos e os custos, impostos, funcionários, o aluguel, que é alto, ele não consegue segurar.”
O discurso do pequeno comerciante é
exatamente igual ao de Caito Maia, fundador da marca Chilli Beans, com 560 lojas
e faturamento de R$ 380 milhões em 2012. Para ele, o empresário nacional erra
mesmo é no foco. “Tem uma confusão nessa história de precificar. É muito fácil
colocar a culpa nos impostos, na inflação, no dólar, aumentar os preços e fazer
o consumidor pagar a conta. Sinceramente, quando eu olho para o futuro do
varejo, eu não acredito que o preço vai ser o lance. O segredo é o volume de
vendas”, revela Caito.
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