Operação deve prender 53 PMs e 7 policiais civis no Rio
Denunciados são acusados dos crimes de formação de quadrilha, concussão e roubo; investigações constataram o envolvimento de policiais na cobrança de propina de camelôs e mototaxistas ilegais
RIO - Agentes da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de
Segurança do Rio realizam, nesta terça-feira 29, a Operação Compadre, com
objetivo de cumprir 78 mandados de prisão (entre eles 53 contra policiais
militares e 7 contra policiais civis) e outros 78 mandados de busca e apreensão.
Os denunciados são acusados dos crimes de formação de quadrilha, concussão e
roubo.A partir das investigações da SSINTE e da Corregedoria da Polícia Militar,
que duraram seis meses, foi constatado o envolvimento de policiais civis e
militares na cobrança de propina de camelôs e mototaxistas ilegais nos bairros
de Honório Gurgel, na zona norte, e Bangu, na zona oeste.
Segundo as investigações, os réus exigiam de camelôs e mototaxistas, por meio de ameaças com armas, determinadas quantias de dinheiro: os comerciantes que trabalhavam com mercadorias "pirateadas" (DVDs, aparelhos eletrônicos, telefones celulares, roupas e relógios usados) eram coagidos a pagar R$ 70, divididos em duas parcelas de R$ 35 cobradas todas as quartas e quintas-feiras; já dos vendedores de mercadorias lícitas era cobrada a quantia de R$ 5, sempre às sextas e sábados. Além disso, mercadorias apreendidas de forma irregular eram revendidas a outros feirantes.
Em flagrantes feitos pelas equipes de Inteligência da Secretaria de Segurança foi detectado ainda que um homem, que se passava por policial civil, e policiais militares repartiam o dinheiro recolhido com duas viaturas que costumavam parar sistematicamente para recolher a propina. Passou-se então a se investigar um esquema de corrupção envolvendo policiais do 14º BPM (Bangu), da 34ª DP (Bangu) e da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM).
Durante a apuração da denúncia, mototaxistas revelaram não possuir carteira nacional de habilitação e não trafegar de acordo com as leis de trânsito. Foi identificado que muitos mototaxistas faziam ainda o transporte de drogas para usuários. Com a propina paga aos policiais, as irregularidades não eram combatidas.As corregedorias das polícias Civil e Militar já instauraram procedimentos investigativos. Desde 2008, mais 1.400 policiais civis e militares foram expulsos das corporações.
Segundo as investigações, os réus exigiam de camelôs e mototaxistas, por meio de ameaças com armas, determinadas quantias de dinheiro: os comerciantes que trabalhavam com mercadorias "pirateadas" (DVDs, aparelhos eletrônicos, telefones celulares, roupas e relógios usados) eram coagidos a pagar R$ 70, divididos em duas parcelas de R$ 35 cobradas todas as quartas e quintas-feiras; já dos vendedores de mercadorias lícitas era cobrada a quantia de R$ 5, sempre às sextas e sábados. Além disso, mercadorias apreendidas de forma irregular eram revendidas a outros feirantes.
Em flagrantes feitos pelas equipes de Inteligência da Secretaria de Segurança foi detectado ainda que um homem, que se passava por policial civil, e policiais militares repartiam o dinheiro recolhido com duas viaturas que costumavam parar sistematicamente para recolher a propina. Passou-se então a se investigar um esquema de corrupção envolvendo policiais do 14º BPM (Bangu), da 34ª DP (Bangu) e da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM).
Durante a apuração da denúncia, mototaxistas revelaram não possuir carteira nacional de habilitação e não trafegar de acordo com as leis de trânsito. Foi identificado que muitos mototaxistas faziam ainda o transporte de drogas para usuários. Com a propina paga aos policiais, as irregularidades não eram combatidas.As corregedorias das polícias Civil e Militar já instauraram procedimentos investigativos. Desde 2008, mais 1.400 policiais civis e militares foram expulsos das corporações.
Comentários
Postar um comentário