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Coreia do Norte: ONU detecta evidências de teste nuclear


Traços de gases radioativos podem confirmar que país detonou bomba atômica

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Imagem divulgada pelo governo da Coreia do Norte, juntamente com um comunicado, informa que os soldados estão preparados para o combate contra a Coreia do Sul e Estados Unidos
Imagem divulgada pelo governo da Coreia do Norte, juntamente com um comunicado, informa que os soldados estão preparados para o combate contra a Coreia do Sul e Estados Unidos - KCNA/Reuters

A Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO) informou nesta terça-feira que detectou traços de gases radioativos que podem confirmar cientificamente que a Coreia do Norte detonou uma bomba atômica em 12 de fevereiro. O organismo da ONU forneceu, portanto, a primeira evidência possível da explosão.

A descoberta foi feita em duas estações de monitoramento, uma na Rússia e outra no Japão, a cerca de 1.000 quilômetros do local do teste. "Foram identificados dois isótopos radioativos do gás nobre xenônio, 131m-xenon e xenon-133, que fornecem informações confiáveis ​​sobre a natureza nuclear da fonte", disse a entidade.

Os traços de gases radioativos podem corresponder a um episódio de fissão nuclear ocorrido 50 dias antes, o que se encaixa com o anúncio feito por parte da Coreia do Norte de que em 12 de fevereiro realizou um teste atômico. A fissão nuclear pode ocorrer em uma explosão atômica ou durante o processo de produção de energia atômica.


"Estamos avaliandos as possíveis fontes que poderiam explicar as observações de contaminação nuclear", disse na nota Mika Nikkinen, especialista do CTBTO. Nikkinen disse que a contaminação poderia proceder também de um reator atômico ou de outras atividades nucleares, embora, por enquanto, o CTBTO não tenha informação que tenham ocorrido vazamentos com essa origem. A agência da ONU foi a primeira a anunciar que "um evento sísmico incomum" tinha ocorrido na Coreia do Norte em 12 de fevereiro próximo ao local onde em 2006 e 2009 foram realizados testes nucleares pelo país.

Potência nuclear - Também nesta terça-feira, a Coreia do Norte reiterou sua exigência de ser reconhecida como uma potência nuclear, afirmando que este é um pré-requisito para iniciar um diálogo com os Estados Unidos. O regime de Kim Jong-un rejeitou, através do jornal oficial Rodong Sinmun, uma exigência americana de que a Coreia do Norte se comprometa a abandonar seu programa de armas nucleares e mísseis antes do início das negociações.

"Qualquer reunião na mesa de negociações deve ser entre estados com armas nucleares", afirmou o jornal norte-coreano. Os Estados Unidos afirmaram claramente que jamais aceitarão a Coreia do Norte, que realizou seu terceiro teste nuclear em fevereiro passado, como uma potência nuclear.

Diálogo - Após um mês de escalada da tensão militar na Península Coreana, a Coreia do Sul, os Estados Unidos e a Coreia do Norte começaram a insinuar uma possibilidade de diálogo. No entanto, até o momento a maior parte de sua energia está dedicada a rejeitar as condições prévias da outra parte.

Durante uma viagem a Seul, Pequim e Tóquio no início deste mês, o secretário americano de Estado, John Kerry, afirmou que Pyongyang deve provar primeiro sua seriedade quando fala de controlar seu programa nuclear. A Coreia do Norte respondeu pedindo que a ONU retirasse suas sanções e solicitando o fim de todos os futuros exercícios militares conjuntos de Estados Unidos e Coreia do Sul.

Otan - Em resposta, os ministros das Relações Exteriores da Otan pediram nesta terça-feira que a Coreia do Norte interrompa suas provocações e exigiram que o regime cumpra com a resoluções da ONU, abandone o desenvolvimento de armas nucleares e aceite negociações internacionais.

"As ações provocadoras da Coreia do Norte violam diretamente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e minam seriamente a estabilidade regional, dificultam as perspectivas para uma paz duradoura na península de Coreia e ameaçam a paz e a segurança internacional", afirmaram em declaração escrita os ministros dos países aliados.



Sistemas de defesa contra a Coreia do Norte

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Sistema de defesa antimísseis Aegis

O sistema Aegis pode ser considerado a primeira linha de defesa antimísseis, pois permite aos navios de guerra abater mísseis balísticos lançados pelos inimigos enquanto eles ainda estão no espaço. Seus projéteis interceptores são disparados para acertar os mísseis antes que eles voltem à atmosfera. A Marinha dos EUA e do Japão possuem radares do sistema instalados em destróiers deslocados para a região da península coreana.

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