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Quarto suspeito de matar dentista é preso em São Paulo


Ele foi detido na madrugada e, interrogado, confessou participação no crime

 
Retrato falado de suspeitos de matar dentista em São Bernardo do Campo
Retrato falado de suspeitos de matar dentista em São Bernardo do Campo - Reprodução

A polícia prendeu por volta das 2h40 da madrugada desta segunda-feira o quarto suspeito de atear fogo e matar a dentista Cinthya de Souza, de 47 anos, em sua clínica odontológica, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Identificado como Thiago de Jesus Pereira, ele aparece de óculos brancos no retrato falado divulgado pela polícia. Interrogado após ser detido, o suspeito confessou ter participado do crime bárbaro.


O homem foi preso em uma casa de parentes na rua Eduardo de Abreu, em Itapevi, na Grande São Paulo. Os policiais chegaram ao esconderijo por meio de uma denúncia anônima. Thiago de Jesus Pereira é apontado como o quarto autor da morte da dentista Cinthya de Souza. Os outros três, já sob custódia da polícia, também confessaram ter participado efetivamente no assassinato – entre eles há um menor de 17 anos que, segundo a polícia, colocou fogo em Cynthia.

Além dos quatro, há outros dois suspeitos detidos, também menores de idade, que estariam envolvidos com a quadrilha. Conforme informações da polícia, foram presos Jonatas Cassiano Araújo, de 21 anos, que foi reconhecido pela própria mãe após a divulgação de imagens de câmeras de segurança de uma loja de conveniência; e Victor Miguel Sousa Silva, de 25 anos, que seria o líder do grupo. Ele já tem passagem pela polícia por roubo.

A prisão dos primeiros suspeitos ocorreu por volta das 3 horas de sábado na favela Santa Cruz, em Diadema, na Grande São Paulo. Em um imóvel, segundo os policiais, estavam Jonatas e dois menores, incluindo o que ateou fogo na dentista. Em outra casa – localizada a cerca de 50 metros da primeira – foram localizados Victor e outro adolescente. Jonatas e o adolescente apontado como o assassino de Cynthia pintaram o cabelo de loiro após o crime, na tentativa de não serem reconhecidos.

Outros crimes – De acordo com os policiais, as investigações apontam que a quadrilha poderia ser responsável pela autoria de seis a oito crimes cometidos recentemente na região metropolitana de São Paulo e na capital paulista. Com exceção de um caso, o restante foi cometido contra clínicas médicas e odontológicas.

O modus operandi do grupo era o mesmo: eles se apresentavam como pacientes para conseguir entrar nos consultórios, eram violentos, costumavam utilizar isqueiros para ameaçar as vítimas e, após o roubo, fugiam em um carro preto. Um dos assaltos ocorreu no dia 12 de abril, quando foram elaborados os retratos falados dos suspeitos.

No dia do assassinato de Cinthya, segundo a delegada Elisabete Sato, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jonatas ligou para o menor logo após tentar sacar dinheiro da vítima, comunicando que só havia 30 reais na conta dela. Revoltado, o adolescente utilizou o isqueiro que possuía e o álcool que havia no consultório para incendiar a dentista. "A crueldade com que eles relatam a cena do assassinato chocou os policiais", afirmou Elisabete.

Crimes que assustaram o país

Caso Yoki: ciúmes e morte

Na noite do dia 20 de maio, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, foi vítima de um crime que chamou a atenção de todo o Brasil. Diretor executivo da Yoki, uma gigante do setor de alimentos, ele foi morto e esquartejado pela própria mulher, a bacharel em direto Elize Kitano Matsunaga, 38, no apartamento onde moravam em São Paulo. A viúva confessou o assassinato e disse que vinha sendo traída, agredida e humilhada por Marcos. O casal se conheceu quando Elize trabalhava como garota de programa. Juntos, tiveram aulas de tiro e mantinham em casa um arsenal de armas. Com uma delas Elize deu um tiro em Marcos e depois o esquartejou. Colocou o corpo do marido em três malas e as espalhou pela cidade. Elize, que afirma ter agido sozinha, está presa. Em janeiro, a Justiça decide se ela vai a júri popular pelo crime.

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