Câmara da Argentina aprova reforma judicial proposta por Cristina
Oposição acusa governo de tentar minar independência do Judiciário com nova lei
BUENOS AIRES - A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou na manhã desta
quinta-feira, 25, a reforma judicial impulsionada pelo governo da presidente
Cristina Kirchner que, segundo ela, tem como objetivo democratizar a Justiça.
Opositores acusam o governo de tentar, com o projeto, enfraquecer a
independência do Poder Judiciário. Segundo os antikirchneristas, a presidência
terá mais liberdade para apontar juízes dóceis ao governo.
A medida foi aprovada com uma vantagem de apenas sete votos na Câmara dos
Deputados, com 130 votos a favor e 123 contra. Depois de horas de discussões,
impasses e obstruções, a votação foi concluída às 5h30 da manhã. A lei deve
voltar ao Senado para ser votada em segundo turno.
O projeto, que já tinha sido aprovado no Senado, impõe limites a concessão de liminares para cidadãos e empresas contra o Estado e facilita a instauração de processos disciplinares contra juízes. Isso impediria cenários desvantajosos para o governo, como quando a Justiça barrou a aplicação total da Lei de Mídia no caso do Grupo Clarín, salvando a holding da venda compulsória de suas empresas de comunicação.
O projeto de lei também tem o objetivo de ampliar o número de integrantes do Conselho da Magistratura. O conselho, organismo que define quais serão os novos juízes, também tem a capacidade de destituí-los. Cristina quer ainda que os participantes desse conselho ampliado passem a ser eleitos diretamente pelo povo.
Além disso, a reforma de Cristina determina a realização de concursos públicos para a designação de secretários de Justiça - até agora escolhidos por um grupo de juízes. A reforma também contempla a publicação da declaração de bens dos juízes na internet, bem como o andamento dos processos
Cristina promete 'democratizar' a
Justiça
O projeto, que já tinha sido aprovado no Senado, impõe limites a concessão de liminares para cidadãos e empresas contra o Estado e facilita a instauração de processos disciplinares contra juízes. Isso impediria cenários desvantajosos para o governo, como quando a Justiça barrou a aplicação total da Lei de Mídia no caso do Grupo Clarín, salvando a holding da venda compulsória de suas empresas de comunicação.
O projeto de lei também tem o objetivo de ampliar o número de integrantes do Conselho da Magistratura. O conselho, organismo que define quais serão os novos juízes, também tem a capacidade de destituí-los. Cristina quer ainda que os participantes desse conselho ampliado passem a ser eleitos diretamente pelo povo.
Além disso, a reforma de Cristina determina a realização de concursos públicos para a designação de secretários de Justiça - até agora escolhidos por um grupo de juízes. A reforma também contempla a publicação da declaração de bens dos juízes na internet, bem como o andamento dos processos
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